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    "A plutocracia fabrica crises porque não quer um Lula independente", diz Paulo Nogueira Batista Júnior

    Economista afirma que as turbulências na economia brasileira são fabricadas pela classe dominante

    (Foto: Divulgação)

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    247 – Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior discutiu as turbulências na economia brasileira, como o recente ataque especulativo ao real, atribuindo-as a ações deliberadas da classe dominante. "Os resultados econômicos do governo Lula em seu terceiro mandato estão entre razoáveis e bons. E isso cria muita insegurança na plutocracia brasileira. Eles não querem um Lula 4 mais independente", afirmou.

    Batista Júnior sugeriu que a classe dominante pode estar disposta a aceitar até mesmo regimes autoritários para manter o controle. "Não me surpreenderia se a burguesia brasileira vier a naturalizar novamente o fascismo, principalmente se essa direita se apresentar com uma carinha aparentemente mais civilizada, como a do governador Tarcísio de Freitas", comentou.

    O economista criticou a forma como alguns economistas ligados ao PSDB, que recentemente foram exaltados pelos trinta anos do Plano Real, se referem ao presidente Lula. "Os economistas do PSDB se referem ao presidente Lula como se ele fosse seu empregado. E isso a despeito do enorme esforço de conciliação do presidente Lula", destacou.

    Batista Júnior acusou a plutocracia de fabricar crises econômicas para enfraquecer o governo. "O que Lula tem dito é absolutamente verdadeiro. O ataque especulativo contra o real e a onda especulativa foram claramente crises fabricadas, e a crise foi fabricada com a ajuda do próprio Roberto Campos Neto. O objetivo é influir na escolha do presidente do Banco Central. Eles querem que o Lula indique alguém deles para o Banco Central ou alguém cooptável", afirmou.

    A sucessão no Banco Central

    Sobre a escolha do próximo presidente do Banco Central, Batista Júnior sugeriu que Lula deveria agir de forma assertiva. "Se o presidente Lula tiver um nome forte, talvez não seja o caso de esperar. O mais importante é que o BC, a partir de janeiro, tenha uma nova orientação. O Gabriel Galípolo é jovem, criativo e pode ser uma boa opção. Resta saber se ele terá força para resistir à cooptação", ponderou.

    Batista Júnior também comentou sobre a questão cambial, criticando a postura de Campos Neto. "Na questão cambial, às vezes basta ameaçar intervir. Campos Neto sinalizou para o mercado que não faria nada e estimulou a crise", afirmou.

    A entrevista de Paulo Nogueira Batista Júnior ressalta as tensões entre o governo Lula e a classe dominante, destacando a necessidade de uma liderança econômica independente e comprometida com uma nova orientação para o Banco Central, capaz de resistir às pressões e influências da plutocracia. Assista:

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