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    "Alta de juros é a escravização moderna do imperialismo", critica Constantine

    O coordenador do Movimento de Favelas condenou a política de juros do Banco Central e alertou para os impactos na economia e reindustrialização do Brasil

    (Foto: Divulgação | ABR)

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    247 - André Constantine, coordenador do Movimento Nacional de Favelas e Periferias, fez críticas contundentes à política monetária do Brasil e à gestão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante sua participação no programa Giro das Onze. Segundo ele, a manutenção da taxa Selic em 10,5% e a possibilidade de aumento são sinais de um "novo colonialismo" que sufoca a economia brasileira e impede o crescimento industrial do país.

    “A alta de juros é a escravização moderna do imperialismo norte-americano para impedir o Brasil de se reindustrializar”, declarou Constantine, em referência à política de juros altos que, para ele, beneficia os detentores de títulos da dívida pública e trava o desenvolvimento econômico. Ele afirmou que o governo Lula, por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem feito esforços para equilibrar as contas públicas, mas sem tocar no verdadeiro problema: o peso da dívida pública. “O Brasil não pode continuar vivenciando esse processo de escravização”, enfatizou.

    Constantine também destacou que o impacto dessa política recai diretamente sobre os setores essenciais da sociedade. “Haddad está cortando da saúde, da educação, dos programas sociais e da cultura, mas não mexe nos juros da dívida, que leva 50% do orçamento da União”, alertou. Segundo ele, essa situação tem mantido o Brasil refém de um sistema financeiro que favorece rentistas, impedindo a materialização de um projeto de reindustrialização.

    Constantine condenou a declaração de Lula sobre a autonomia que concederá a Gabriel Galípolo, indicado para a presidência do Banco Central. “O Galípolo não pode realizar a manutenção da taxa Selic nas alturas. O que nós esperamos é que ele baixe a taxa de juros, enfrente os rentistas e o cartel de bancos que manda no Brasil”, afirmou.

    Para Constantine, a política de juros altos não tem relação com o controle da inflação, como alegam seus defensores. “A manutenção da taxa Selic em alta não tem nada a ver com o controle da inflação. Isso é uma balela”, disparou. Ele acredita que a sociedade civil precisa pressionar o governo para enfrentar o "cartel de bancos" e combater o rentismo que, segundo ele, está drenando os recursos do país.

    A fala de Constantine reflete uma insatisfação crescente com a política econômica brasileira, sobretudo em relação à submissão aos ditames do mercado financeiro. Ele defende que a única saída para o Brasil é mobilizar as ruas e pressionar o governo Lula a "travar essa batalha" e acabar com o ciclo de endividamento que, em sua visão, mantém o país estagnado economicamente. Assista: 

     

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