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Benedita da Silva: “nós, evangélicos, fomos os primeiros a defender o estado laico. Temos que voltar a ele”

Deputada federal do PT-RJ critica a pauta ideológica imposta pela extrema direita e diz que Lula “é o cara que cuida e une as famílias”

Deputada Benedita da Silva e Lula (Foto: Stuckert)

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247 - A deputada federal e evangélica Benedita da Silva (PT) afirmou que os evangélicos precisam voltar ao “lugar de origem”, criticando a pauta reacionária imposta pelo bolsonarismo no grupo religioso. “Nós, os evangélicos, fomos os primeiros a defender o Estado laico. Temos que voltar a esse Estado laico”.

Segundo ela, Bolsonaro “voltou-se para o evangélico porque foi uma campanha que alguns criaram um bezerro de ouro e começaram a adorá-lo”. “A gente espera que Jesus tome o lugar, o primeiro lugar nas nossas vidas e no nosso coração e nas nossas igrejas. Que a gente não viva um processo de idolatria e que possamos compreender esse mundo maravilhoso e plural”, argumentou.

Diante do bolsonarismo, “ficou muito difícil para os evangélicos que escolheram estar ao lado de Lula”. Benedita ainda disse que “Lula está trazendo a possibilidade de diálogo”, mas afirmou que os bolsonaristas “criaram uma seita”. “Numa seita não se discute e ninguém ouve ninguém. A presença do Lula une as famílias. Esse é o cara que cuida e une as famílias”, destacou. 

Criticando a pauta ideológica bolsonarista, como o banheiro unissex, a parlamentar petista denunciou o fascismo. “Por que um banheiro hoje está sendo colocado ideologicamente? Isso é fascimo. A gente vem de um tempo que nem banheiro tinha. A ditadura proibia fazer banheiro dentro de casa. As pessoas das comunidades não podiam ter casa de alvenaria. A ditadura derrubava as casas. As pessoas não sabem dessa história e hoje vêm com essa desfaçatez do banheiro. É o fascimo”, destacou.

‘O que valeu foi a fé do povo brasileiro’

A petista denunciou que Bolsonaro “cometeu crime o tempo inteiro que esteve no governo que aí está. Pegou a máquina e colocou a serviço, e ainda está ao não querer aceitar o resultado”. Para Lula vencer a eleição, segundo ela, “o que valeu foi a fé do povo brasileiro”.

“Estamos aí para ter um Lula que vai governar esse país. Não vou chorar mais e ficar com vergonha de ver meus iguais no meio da rua dormindo. Eu vim de lá. Eu sei o que é estar lá. Sei o que é não ter uma casa, um trabalho, então não posso esquecer disso. E a única maneira de eu não me esquecer disso é estar envolvida com o projeto que está na mão de Luiz Inácio Lula da Silva”, destacou. 

“Tenho confundido as minhas lágrimas porque eu perdi o meu filho. É muito duro ainda. Mas as minhas lágrimas de esperança e de alegria se confundem com as lágrimas de saudade que tenho pelo meu filho. No mesmo momento eu penso: queria que ele estivesse aqui, pois ele ia adorar. Para mim é como se ele estivesse aqui”, lamentou.

“Ver a possibilidade do meu querido e amado Lula presidente desse país, mas sobretudo provar a essa gentalha que fez o que fez com ele, o levando para a prisão, impedindo que ele fosse presidente, mas ele veio provar que não veio para reeleição, mas para ajudar a consertar esse país”, reforçou. 

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