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    Brasil volta a ter maioria da população na classe média: Lindbergh critica "O Globo" por omitir papel de Lula

    Senador aponta conquistas do governo Lula e ataca narrativa do mercado sobre crise fiscal

    (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
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    247 - A recente manchete do jornal O Globo, destacando que "o Brasil volta a ter maioria da população nas classes média e alta", gerou controvérsia. O ex-senador Lindbergh Farias (PT-RJ) usou as redes sociais para criticar a publicação por omitir o papel das políticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no avanço social. Segundo Lindbergh, a matéria negligencia o impacto direto de ações do atual governo na retomada de indicadores semelhantes aos de 2015, período marcado pela gestão petista.

    "É como se Lula não existisse", afirmou Lindbergh em um vídeo publicado em seu canal no YouTube. "Até 2015, a maioria da população já estava nas classes C, B e A graças aos governos do PT. O que aconteceu depois foi o retrocesso promovido por Temer e Bolsonaro. Agora, com o retorno do presidente Lula, estamos retomando a redução da desigualdade", argumentou o ex-senador.

    A ascensão social e as medidas econômicas do governo Lula

    A análise apresentada no jornal se baseia em um estudo da Tendências Consultoria, que atribui o crescimento da classe C à valorização real do salário mínimo, ao aumento da renda do trabalho e à redução do desemprego. Contudo, Lindbergh destacou medidas específicas do governo Lula que contribuíram para esses avanços, como o aumento do Bolsa Família, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos, o programa de renegociação de dívidas Desenrola e a geração de empregos formais.

    De acordo com dados mencionados pelo ex-senador, o Brasil alcançou uma taxa de desemprego de 6,1% em 2024, o menor índice desde 2012. Além disso, o país atingiu o número recorde de 103 milhões de pessoas empregadas, com a criação de 3,6 milhões de vagas com carteira assinada entre janeiro de 2023 e setembro de 2024.

    A desigualdade em queda e o impacto no combate à pobreza

    Outro ponto enfatizado foi a redução da pobreza. Segundo Lindbergh, 8 milhões de pessoas sairão da linha da pobreza este ano, resultado de políticas redistributivas e do fortalecimento da economia. Ele também citou o crescimento da renda domiciliar per capita, que teve um aumento acumulado de 6,98%. "Entre os 50% mais pobres, esse crescimento foi ainda maior, de 10,2%. Isso reflete diretamente a retomada de empregos e o aumento do salário mínimo", destacou.

    Críticas ao mercado financeiro e ao Banco Central

    Lindbergh também acusou o mercado financeiro de tentar criar uma "crise artificial" para sabotar a popularidade de Lula. Ele direcionou críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a quem chamou de "sabotador da economia brasileira". Segundo o ex-senador, a política de manutenção da taxa Selic elevada visa desacelerar a economia e prejudicar o governo. "Com a entrada de Galípolo no Banco Central, temos a oportunidade de desarmar essa bomba da Selic", afirmou.

    Além disso, ele destacou que o governo conseguiu reduzir o déficit primário de 2,1% para uma projeção de 0,1% em 2024, desmentindo narrativas de descontrole fiscal. "Enquanto os números mostram que o governo está no caminho certo, eles tentam vender uma crise que não existe", criticou.

    O futuro: consolidação e julgamentos políticos

    Lindbergh finalizou apontando 2025 como o ano da consolidação do "projeto vitorioso" de Lula e reforçou a necessidade de acompanhar os julgamentos relacionados aos ataques à democracia, com destaque para o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro. "O governo Lula tem entregado resultados concretos, e o Brasil está retomando seu caminho de progresso. É hora de divulgar mais essas conquistas e enfrentar aqueles que tentam desestabilizar o país", concluiu.

    Contexto e implicações

    A discussão evidencia a polarização entre as narrativas políticas no Brasil. Enquanto o governo celebra avanços econômicos e sociais, setores do mercado e a oposição apontam desafios fiscais e estruturais. A resposta pública às políticas de Lula e as decisões do Banco Central serão determinantes para os rumos do país em 2025. Assista:

     

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