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    Breno Altman: "Israel é o Pablo Marçal do Oriente Médio"

    Jornalista analisa ataques recentes no Líbano como parte de uma agenda expansionista israelense

    Breno Altman e Benjamin Netanyahu (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters)

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    247 – O recente ataque envolvendo pagers e walkie-talkies no Líbano, que deixou dezenas de mortos e milhares de feridos, deve ser compreendido no contexto da escalada da violência na região. Segundo o jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi, é necessário "entender a lógica do ataque" para avaliar seu real impacto e significado. Em entrevista ao programa Boa Noite 247, Altman argumentou que os ataques fazem parte de uma "estratégia de regionalização do conflito" orquestrada por Israel. Ele afirma que o primeiro motivo para essa estratégia é que, quanto mais o conflito se espalha pela região, maior será o apoio dos Estados Unidos e da União Europeia a Israel, dado o contexto geopolítico envolvido.

    Além disso, Altman destacou o objetivo expansionista do governo israelense, mencionando que o regime sionista busca o controle da Palestina histórica, mas também tem um "objetivo ampliado", que é a criação do Eretz Israel, um conceito que compreende territórios que vão além das fronteiras atuais de Israel, incluindo partes do Líbano, Síria e Jordânia. Segundo o jornalista, essa agenda expansionista faz com que Israel "provoque uma reação do Hezbollah ou do Irã", com o objetivo de justificar uma maior intervenção dos EUA na região.

    Por fim, Altman faz uma analogia ao comparar Israel a Pablo Marçal, dizendo que o país "cava o pênalti" para se colocar como vítima. "Israel é o Pablo Marçal do Oriente Médio. Israel cava o pênalti, exatamente como o Pablo Marçal fez com o Datena. Israel quer provocar uma situação de reação do Hezbollah ou do Irã. Israel torce por essa reação". Ele conclui que essa estratégia visa fortalecer a posição de Israel no cenário internacional, ao passo que a resistência palestina ganha apoio global e enfraquece o regime sionista, que enfrenta um crescente isolamento diplomático. Segundo ele, Israel, assim como o apartheid na África do Sul, "vai se isolando internacionalmente e aprofundando suas contradições internas", o que pode levar ao colapso do regime sionista a longo prazo. Assista:

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