"Consenso de direita já está abduzindo os mais pobres no Brasil", diz Vassoler
Professor critica cortes de gastos anunciados por Haddad e alerta para impactos no padrão de vida das camadas populares
247 - Durante o programa Giro das Onze da TV 247, nesta semana, o professor e escritor Flávio Ricardo Vassoler criticou os cortes de gastos anunciados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apontando para os impactos dessas medidas nas classes mais vulneráveis. Para Vassoler, as políticas de ajuste fiscal aprofundam a desigualdade e refletem um consenso de direita que "já está abduzindo os mais pobres no Brasil".
O pacote apresentado pelo governo inclui a meta de economizar R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026, com redução de R$ 40 bilhões no primeiro ano e R$ 30 bilhões no segundo. Segundo o professor, tais medidas são insuficientes para proteger o padrão de vida da população mais pobre. "Eu realmente fico muito preocupado com o achatamento do padrão de vida dos mais pobres. O consenso direitista no Brasil é tão forte que isso acaba prejudicando diretamente as camadas mais necessitadas", afirmou.
Vassoler destacou que o aumento do salário mínimo e a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000, previstas no pacote, não compensam os cortes que atingem diretamente os programas sociais. Ele lembrou que a popularidade do ex-presidente Lula, ao fim de seu segundo mandato, foi sustentada pela melhoria das condições de vida das classes mais desfavorecidas. "O governo precisa tomar cuidado para não renunciar às suas bandeiras tradicionais e perder a capacidade de mobilizar socialmente em torno de suas propostas", alertou.
A crítica de Vassoler reflete preocupações de setores da sociedade sobre a sustentabilidade do ajuste fiscal e os desafios para conciliar responsabilidade econômica com inclusão social. As medidas anunciadas ainda dependem de aprovação no Congresso, o que pode abrir espaço para debates sobre os rumos das políticas econômicas no Brasil. Assista: Assista:
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