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    "Derrocada de Assad é uma derrota para as forças anti-imperialistas e progressistas no mundo", diz Rui Costa Pimenta

    Em entrevista à TV 247, líder do PCO analisa os impactos da crise na Síria e o papel de Israel no Oriente Médio

    Uma foto danificada de Bashar al-Assad da Síria está no chão dentro do aeroporto internacional de Qamishli, depois que grupos armados sírios anunciaram que haviam derrubado Bashar al-Assad da Síria, em Qamishli, Síria, 9 de dezembro (Foto: REUTERS/Orhan Qereman)
    Redação Brasil 247 avatar
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    247 – Nesta sexta-feira, 13 de dezembro, Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), concedeu uma ampla entrevista à TV 247. O dirigente abordou temas como a crise na Síria, as ações de Israel na região e os desafios enfrentados pelo governo Lula, alertando para a fragilidade da esquerda brasileira e as ameaças do imperialismo.

    Logo no início, Rui destacou o impacto global da queda do governo sírio de Bashar al-Assad. "A derrocada de Assad é uma derrota para as forças anti-imperialistas e progressistas no mundo. Embora não fosse um grande revolucionário, Assad liderava um governo nacionalista que apoiava movimentos como o Hezbollah e a resistência palestina, além de se opor ao Estado sionista e ao imperialismo", afirmou. Para Rui, o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos foi um dos principais fatores que minaram a estabilidade do regime. “Ninguém fala do bloqueio, mas ele aleijou a Síria de maneira determinante.”

    "A política de Assad é uma lição para o Brasil"

    Rui também refutou as críticas de que Rússia e Irã teriam “entregue” a Síria ao imperialismo. “Isso não é verdade. O problema foi a estratégia do próprio Assad, que tentou equilibrar-se entre diferentes potências, mas sem força suficiente para sustentar essa política. Ele buscava apoio ora nos Estados Unidos, ora na Rússia, ora nos países árabes, mas essa abordagem típica de governos nacionalistas não funciona quando não há poder real. Essa é uma lição que o Brasil deveria observar atentamente, especialmente sob o governo Lula, que adota uma política semelhante de busca por equilíbrios”, analisou.

    Israel e o genocídio na Palestina

    Outro tema relevante foi o papel de Israel no Oriente Médio. Rui foi enfático ao classificar as ações do governo israelense como “criminosas”. “Israel destrói a infraestrutura da Síria, mas não enfrenta nenhuma punição internacional. É um país que opera sob um direito especial, onde crimes passam impunes. Enquanto isso, a resistência continua fragilizada, mas Israel também enfrenta dificuldades que não serão superadas apenas com a vitória na Síria”, disse. Rui criticou ainda o silêncio internacional sobre essas práticas: “Os russos sofrem sanções severas por ações defensivas na Ucrânia, enquanto Israel destrói países inteiros e nada acontece.” Assista:

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