"É estranho um avião presidencial enfrentar uma pane como a que ocorreu com Lula", diz Rui Costa Pimenta

247 - Durante entrevista ao editor-chefe do Brasil 247, Leonardo Attuch, o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, fez declarações sobre o incidente envolvendo o avião presidencial que transportava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O problema técnico obrigou a aeronave a voar em círculos por cerca de cinco horas no retorno do México ao Brasil.

Rui Costa Pimenta expressou desconfiança sobre o ocorrido. "É preciso desconfiar do incidente com o avião presidencial", afirmou. Para ele, o episódio merece uma investigação profunda, considerando a possibilidade de haver algo mais sério envolvido.

Pimenta também alertou para os riscos de uma eventual substituição do presidente por seu vice, Geraldo Alckmin (PSB). "Uma troca de Lula por Alckmin seria catastrófica", disse, enfatizando que, nesse cenário, "se Alckmin um dia subir ao governo, teremos um governo do PSDB às antigas". Ele também destacou que essa mudança colocaria o país em uma trajetória alinhada a interesses externos. "O Brasil iria para uma política pró-imperialista profunda."

Na mesma linha, o presidente do PCO destacou a importância de Lula se manter vigilante em relação aos que o cercam. "Lula tem que se cuidar e prestar muita atenção", advertiu, fazendo críticas à ampla coalizão que compõe o governo atual. "A frente ampla é um cavalo de Troia", argumentou, sugerindo que alianças amplas demais podem enfraquecer o projeto político do governo.

Sobre a classe dominante, Pimenta foi taxativo: "A burguesia não é uma classe social na qual se possa confiar." Segundo ele, os interesses dos setores empresariais, especialmente ligados ao capital financeiro, não convergem com os objetivos populares. 

Por fim, ele também destacou que Lula deve ter cautela em sua relação com as Forças Armadas. "Lula não pode confiar nos militares", disse Pimenta, reafirmando sua posição de que há uma forte influência militar sobre a política brasileira e que essa proximidade pode ser prejudicial ao governo.

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