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    “Fui acusado de pedofilia por milhões de brasileiros e de crime contra a segurança nacional”, recorda Felipe Neto

    Em entrevista, youtuber fala sobre o ódio bolsonarista e como derrotá-lo

    Felipe Neto, Câmara dos Deputados e fake news (Foto: Divulgação | Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Wilson Dias/Agência Brasil)

    247 – O influenciador digital Felipe Neto revelou os desafios que enfrentou durante o governo Jair Bolsonaro em uma entrevista ao programa "Sem Censura", da TV Brasil. Durante a conversa, Felipe relembrou os ataques que sofreu nas redes sociais e as acusações graves que marcaram sua trajetória durante esse período conturbado. Suas declarações foram divulgadas pelo canal Corte 247 no YouTube, onde ele expôs como foi acusado de crimes que abalaram profundamente sua vida pessoal e profissional.

    “Eu fui acusado de crime contra a segurança nacional pelo governo Bolsonaro. Caraca, só o peso disso... A instituição máxima de poder do país te acusando de ser um risco para a segurança do Brasil. Eu achei que ia ser preso de fato”, desabafou Felipe, ao comentar sobre as acusações que o fizeram temer pela sua liberdade. As perseguições incluíram alegações infundadas de pedofilia, amplamente disseminadas por milhões de brasileiros nas redes sociais. “Eu fui acusado de pedofilia por milhões de brasileiros, não foi por meia dúzia de pessoas”, explicou ele, ressaltando que os ataques eram motivados por seu posicionamento político contra a extrema-direita.

    Felipe Neto também contou que foi formalmente acusado de corrupção de menores por um delegado da Polícia Civil. “Ele me acusou de corrupção de menores e enviou ao Ministério Público. Eu fiquei completamente sem reação e sem saber o que fazer”, revelou o YouTuber, destacando a gravidade das acusações e o impacto que elas tiveram sobre sua imagem pública.

    O influenciador explicou que, apesar do apoio que recebeu de entidades públicas e de parte da população, enfrentou um verdadeiro massacre midiático. “Eu fui massacrado pela opinião pública unicamente porque era contra a extrema-direita e vocal a respeito disso”, disse Felipe, que viu seu nome ser associado a crimes sórdidos por conta de suas críticas contundentes ao governo Bolsonaro.

    Durante a entrevista, Felipe Neto também levantou a questão da falta de uma legislação específica para regular o ambiente digital no Brasil. Ele argumentou que a ausência de uma lei moderna tem permitido que discursos de ódio e informações falsas se proliferem. “A gente precisa de uma lei geral de internet. O enfrentamento ao ódio se dá sistemicamente, através de ações que passam por essa regulamentação”, destacou o influenciador, refutando as alegações de que regulamentar a internet seria uma forma de censura.

    Ao longo de sua fala, Felipe Neto ainda refletiu sobre o impacto emocional que todo esse processo teve em sua vida e como precisou lidar com as consequências dessas acusações em seu livro. “Foi muito duro, mas também foi como um exorcismo. Eu precisava colocar para fora tudo que passei”, afirmou o YouTuber, que vê na educação digital uma das principais ferramentas para combater o ódio e as fake news nas redes.

    Felipe Neto continua sendo uma figura polarizadora no Brasil, mas suas declarações reforçam a importância de se enfrentar a desinformação e o discurso de ódio, especialmente no ambiente digital. "Até hoje muita gente torce o nariz para mim, sem nem saber mais por quê", concluiu, alertando para os perigos da formação de opiniões baseadas em mentiras e campanhas de difamação. Assista:

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