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"Lula cometerá um novo erro se indicar Galípolo ao Banco Central", diz Rui Costa Pimenta

Presidente do PCO afirma que uma política de meio termo entre a visão de Lula para o Banco Central e os interesses do mercado não dará certo

Rui Costa Pimenta e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert)

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lula247 – Em uma entrevista à jornalista Dhayane Santos, da TV 247, Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), criticou veementemente a possível indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central. A declaração veio após a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros do País em 10,50%.

Rui Costa Pimenta foi contundente ao afirmar que os juros altos atuam como um freio ao consumo, prejudicando a população. "Boa parte da população não tem dinheiro para comprar nada à vista", disse ele. "O Brasil inteiro trabalha para sustentar um punhado de banqueiros." Para ele, seria necessário um confisco dos bancos para reequilibrar a economia e beneficiar a maioria dos brasileiros.

Galípolo, que atualmente é diretor de Política Monetária, votou pela manutenção da taxa de juros, o que foi interpretado por alguns como um movimento estratégico para demonstrar sua independência do governo Lula. No entanto, para Pimenta, essa postura é problemática. "Gabriel Galípolo seria uma nova escolha errada", afirmou. Ele acredita que a política de Lula, que tenta equilibrar sua visão com os interesses do mercado, não tem sido eficaz. "A política do presidente Lula é uma política de meio termo entre a sua visão e os interesses do mercado. Isso não tem dado certo."

Pimenta argumenta que uma postura intermediária, como a de Galípolo, não possui um suporte sólido. "A pessoa do meio termo não tem onde se apoiar", disse ele, ressaltando a necessidade de uma definição clara de política econômica. "Ou é a política do Lula ou é a política do mercado financeiro. O governo precisa fazer uma opção."

Nos bastidores, a análise é de que o voto de Galípolo para manter a Selic foi necessário para evitar uma desvalorização ainda maior do real em relação ao dólar. Alguns ministros do governo acreditam que isso não inviabiliza sua indicação para suceder Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central. No entanto, a crítica de Rui Costa Pimenta levanta dúvidas sobre a eficácia de tal estratégia e sobre o futuro da política econômica do país sob essa possível liderança. Assista:

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