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"O caso Moro confirma que a esquerda não deve confiar nas instituições", diz Rui Costa Pimenta

Presidente do PCO afirma que o Poder Judiciário serve aos interesses do capital

Rui Costa Pimenta, Lula e Moro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABR)

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247 – Em nova entrevista à TV 247, Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), abordou temas polêmicos e decisivos da política brasileira, incluindo a absolvição do ex-juiz e atual senador Sergio Moro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a troca na presidência da Petrobras decidida pelo presidente Lula.

Sobre a absolvição de Sergio Moro pelo TSE, Pimenta não escondeu seu ceticismo em relação ao ministro Alexandre de Moraes, que votou a favor de Moro. "Nunca tive ilusões em relação ao ministro Alexandre de Moraes," declarou. Pimenta expressou sua oposição à cassação de mandatos eleitos: "Nunca fui favorável a cassação de mandatos. Moro teve votos e deveria ser retirado pelo eleitor." Ele também criticou a natureza política dos tribunais superiores brasileiros: "Tanto o TSE como o STF são tribunais políticos."

Para Pimenta, a decisão sobre Moro faz parte de um acordo mais amplo: "Há um acordão. Quem espera a liquidação do bolsonarismo, vai se desiludir. A suposta luta contra o golpe e o fascismo ficou para trás." Segundo ele, o imperialismo não permitirá que a cúpula das Forças Armadas seja desmantelada: "É óbvio que o imperialismo não vai permitir que a cúpula das Forças Armadas seja golpeada."

A troca na Petrobras – Em relação à Petrobras, Pimenta vê a troca de Jean Paul Prates por Magda Chambriard como uma decisão positiva de Lula: "Mudança na Petrobras é muito positiva. Lula deu uma guinada à esquerda." Ele prevê que a Petrobras tomará uma postura mais assertiva em relação às questões ambientais, possivelmente em confronto com o Ibama: "A Petrobras vai atropelar o Ibama e o governo Lula terá que dar uma guinada à esquerda."

Apesar das mudanças, Pimenta acredita que a pressão internacional sobre o Brasil aumentará: "A pressão imperialista sobre o Brasil vai aumentar. Lula está se equilibrando a duras penas." Ele vê riscos de um golpe no horizonte, mas não de imediato: "Há risco de golpe no horizonte, mas não de imediato." Pimenta também analisou o cenário político futuro, prevendo uma unificação da direita em torno de uma única candidatura. 

Ele também mencionou o Irã como um grande perigo para o imperialismo e criticou Bolsonaro e Villas-Bôas por sua demagogia. "O imperialismo caminha para um enfrentamento militar com China, Rússia e Irã. E para isso será preciso controlar a informação," alertou.

Sobre a situação do governo Lula na mídia, Pimenta acredita que a cobertura se tornará mais negativa: "A situação do governo Lula na imprensa vai se deteriorar." No entanto, ele defende a necessidade de apoiar o governo contra ataques da direita: "Devemos defender o governo Lula contra todos os ataques da direita." Assista:

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