“Malafaia é um pitbull, um leão de chácara, uma figura menor”, diz Eduardo Guimarães

247 - No último domingo, 21 de abril, durante um ato em Copacabana, no Rio de Janeiro, o empresário da fé Silas Malafaia, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, proferiu um discurso repleto de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Partido dos Trabalhadores (PT) e à proposta de regulamentação das fake news. Em meio a esse contexto de polarização política e embates, o jornalista e analista político Eduardo Guimarães participou do programa Brasil Agora, da TV 247, e trouxe sua análise sobre as declarações de Malafaia.

Durante a entrevista, Guimarães destacou a perspicácia e estratégia por trás das palavras do empresário da fé, afirmando: "O Malafaia está usando uma pegadinha. Na verdade, ele é muito esperto, ele é advogado também, além de psicólogo, e ninguém reúne a fortuna que ele reuniu sendo bobinho." O jornalista ressaltou a habilidade de Malafaia em articular suas críticas ao STF de forma cuidadosa, evitando ataques diretos à instituição: "Ele quer que o Procurador-Geral da República denuncie, quer que a Polícia Federal denuncie, que o Procurador-Geral da República denuncie, que ele e o STF decidam se vão aceitar a denúncia e que aceitem em conjunto, para que não haja chororô."

Guimarães também caracterizou Malafaia como uma figura controversa, comparando-o a um "pitbull" e a um "leão de chácara". Segundo suas palavras: "É uma figura menor. Mas, até agora, o que ele faz é vociferar, é latir. Como todo bom cão de guarda, ele late, late, late." Além disso, o jornalista sugeriu que Malafaia atua como uma espécie de porta-voz não oficial do presidente Bolsonaro, expressando o que o mandatário não pode dizer publicamente: "E ele é meio que o boneco de ventríloquo do Bolsonaro, que ele diz aquilo que o Bolsonaro não pode dizer."

No evento em Copacabana, Malafaia criticou veementemente a proposta de regulamentação das fake news, chamando-a de "censura desta ditadura" e acusando o ministro do STF, Alexandre de Moraes, de jogar a instituição na "lata do lixo". Além disso, o empresário da fé dirigiu duras críticas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, classificando-o como omisso, frouxo e covarde.

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