"Não há outra pessoa para 2026 além de Lula", afirma Gleisi
Gleisi Hoffmann destaca liderança de Lula, defende atualizações no discurso do PT e aborda desafios sociais e políticos em entrevista ampla
247 - Na última edição do programa Reconversa, conduzido por Reinaldo Azevedo e Walfrido Warde, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, discutiu o cenário político brasileiro e os desafios da esquerda. Durante a entrevista, Gleisi foi enfática ao afirmar que o ex-presidente Lula é a principal liderança para as eleições de 2026: “Não há outra pessoa hoje que possa fazer essa disputa”.
Ao longo da conversa, Gleisi abordou temas como a trajetória do PT, o legado de Lula, os impactos das reformas trabalhistas e as novas configurações do mercado de trabalho no Brasil. Ela reconheceu as dificuldades do partido em se adaptar às mudanças sociais, especialmente em relação aos trabalhadores informais, mas destacou a importância de políticas públicas para esse segmento.
“Precisamos discutir como proteger os trabalhadores informais sem impor algo que eles rejeitem. Quem vai cuidar deles quando não puderem mais trabalhar?”, questionou, defendendo iniciativas como microcrédito e uma maior atenção às condições de trabalho na chamada "uberização".
Lideranças para o futuro
Apesar de reafirmar o protagonismo de Lula, Gleisi apontou nomes que podem emergir como lideranças nacionais. Entre eles, citou o ministro Fernando Haddad, além de Camilo Santana, Rui Costa e Wellington Dias. “Essas lideranças regionais têm potencial para se projetar nacionalmente, mas uma figura como Lula é forjada na luta. Isso leva tempo”, afirmou.
Atualizar o discurso sem perder os valores
Gleisi também refletiu sobre a necessidade de o PT modernizar sua comunicação para alcançar novos públicos, especialmente os jovens e os trabalhadores informais. “O PT sempre teve orgulho de gerar empregos com carteira assinada, mas a realidade mudou. Temos que respeitar as novas formas de trabalho e pensar em como proteger esses trabalhadores no futuro.”
Relação com a Venezuela e outros temas polêmicos
Ao ser questionada sobre o posicionamento do PT em relação ao regime de Nicolás Maduro, Gleisi defendeu o diálogo como estratégia para melhorar a situação na Venezuela. “Não podemos ignorar os embargos e sanções que sufocam o país. Precisamos de uma ponte para negociar”, afirmou.
No entanto, ela reconheceu que há divergências dentro do partido sobre como lidar com outros regimes. “A democracia é o que defendemos aqui e em outros lugares. Isso precisa ser nossa prioridade.”
Fé, resiliência e desafios pessoais
A presidente do PT revelou um lado pessoal ao falar de sua fé cristã, que a inspira a enfrentar os desafios da política. “A fé me dá força e discernimento. Às vezes, parece que tudo está perdido, mas acredito que o trabalho que fazemos é necessário.”
Esperança para o futuro
Encerrando a entrevista, Gleisi se mostrou otimista quanto ao futuro do Brasil: “O povo brasileiro é trabalhador e generoso. Temos tudo para estar entre os países mais desenvolvidos, mas precisamos continuar construindo a democracia e enfrentando as desigualdades”. Assista:
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