"Não há saída diplomática para deter Israel”, diz Breno Altman
Breno Altman afirma que a diplomacia não será capaz de deter a violência e o genocídio no Oriente Médio
247 – Em entrevista ao programa Bom dia 247, o jornalista Breno Altman afirmou que não há possibilidade de uma solução diplomática para o atual conflito envolvendo Israel e o povo palestino. Segundo Altman, o regime sionista está engajado em uma guerra de expansão que não se limita ao genocídio palestino, mas visa ampliar o controle territorial de Israel. "O regime sionista claramente deflagrou uma guerra em múltiplas frentes, sempre com a argumentação de que seria em caráter defensivo. Isso faz parte da estratégia do sionismo desde 1948, mas, na verdade, é uma guerra para ampliar o controle, direto ou indireto, de Israel sobre porções cada vez maiores de terra", afirmou.
Altman destacou que o objetivo territorial do movimento sionista, desde sua origem, sempre foi a criação de um Estado judeu que incorporasse terras que, de acordo com a mitologia bíblica, pertenceriam ao Reino Unido de Israel e Judá. "O objetivo do sionismo é controlar desde o Rio Eufrates até o Rio Nilo, o que incluiria territórios do Líbano, Síria, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Egito", explicou.
O jornalista também ressaltou que a estratégia expansionista de Israel busca eliminar completamente a possibilidade de um Estado palestino. "Hoje, existe um só Estado entre o rio e o mar, que é Israel. Os territórios palestinos são bantustões, áreas controladas colonialmente por Israel", disse Altman.
Sobre a resistência palestina e o apoio de atores internacionais, Altman afirmou que a resistência, em todas as suas formas, é essencial, mas insuficiente sem uma mudança no cenário global. "Não haverá saída diplomática com Israel. A elite sionista que comanda o Estado israelense tem uma estratégia clara e está disposta a fazer tudo por seus objetivos, sem respeito às leis internacionais", afirmou.
Altman também comparou a situação atual com o período de ascensão do nazismo na Europa, afirmando que "assim como não se pôde deter Hitler pela via diplomática, não se poderá deter o Estado de Israel por esse caminho".
Em sua análise, o jornalista defendeu que a única forma de conter Israel seria por meio da resistência militar e de uma forte pressão internacional, incluindo sanções econômicas e embargos. "Israel só será detido por uma combinação de três fatores: a resistência palestina, a capacidade militar de grupos como o Hezbollah, e a solidariedade internacional, que deve se concretizar em medidas práticas, como embargos militares e comerciais", concluiu. Assista:
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