"O fascismo tem terror anal e Bolsonaro não é seguro sobre sua masculinidade", diz Marcia Tiburi
Só isso explica, na visão da filósofa, a concessão de uma medalha de "incomível" a Javier Milei
247 – Em uma entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, a filósofa Marcia Tiburi abordou a complexa relação entre fascismo e masculinidade, trazendo à tona questões profundamente enraizadas na sociedade patriarcal. Durante a conversa, Tiburi não hesitou em criticar duramente o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu recente gesto de conceder uma medalha de "incomível" ao presidente argentino Javier Milei.
O evento em questão foi o Cpac, um congresso fascista de direita e extrema direita realizado em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Nesse encontro, Bolsonaro entregou a Milei uma medalha que faz referência aos três "is" — "imbrochável, imorrível e incomível". Para Tiburi, esse gesto carrega significados profundos e perturbadores. "O encontro realizado pelos fascistas do mundo em Balneário Camboriú serve para institucionalizar o fascismo," explicou.
A filósofa não poupou palavras ao analisar o contexto dessa medalha. "Há um terror anal no bolsonarismo," declarou Tiburi. "Não basta ser homem, é preciso parecer homem." Segundo Tiburi, essa obsessão com a masculinidade está intrinsecamente ligada à insegurança de Bolsonaro. "A medalha dada a Milei mostra que Bolsonaro não está seguro com sua masculinidade. Os fascistas nunca estão tranquilos com a sexualidade, nem dos outros, nem com a sua." Ela argumenta que o gesto de Bolsonaro ao entregar a medalha de "incomível" a Milei é uma tentativa de reforçar uma imagem de virilidade e invulnerabilidade que, na verdade, revela profundas inseguranças. Assista:
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