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"O que acontece nas universidades dos EUA é a maior onda de mobilização desde o Vietnã”, diz Altman

Breno Altman analisa a intensidade dos protestos estudantis pró-Palestina nos EUA

Manifestantes participam de uma "Reunião de Emergência: Apoie os Palestinos Sob Cerco em Gaza", em meio ao conflito em curso entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas, na Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts, EUA. | Breno Altman (Foto: REUTERS/Brian Snyder | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

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247 - Os protestos e manifestações em apoio à Palestina e contra a operação militar de Israel na Faixa de Gaza continuam se espalhando por várias universidades dos Estados Unidos. Os protestos pró-Palestina começaram na Universidade de Columbia, em Nova York, e se espalharam rapidamente para outras universidades das principais cidades do país.

Em entrevista concedida à jornalista Dafne Ashton, no programa Bom Dia da TV 247, o jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi, ressaltou a magnitude dos eventos. “O que acontece nas universidades dos Estados Unidos já é mais grave do que o ocorreu na época do Vietnã”, enfatizou Altman.

Apesar de prevalecer o caráter pacífico dos protestos e mobilizações, o número de manifestantes detidos pela polícia, às vezes com gás lacrimogêneo e pistolas "taser", está aumentando. Segundo a Casa Branca, durante o fim de semana passado foram registradas 100 detenções na Universidade de Northeastern, em Boston; 80 na Universidade de Washington, em St. Louis; 72 na Universidade Estadual do Arizona e 23 na de Indiana, totalizando 275 prisões.

Altman destacou a significância histórica da mobilização estudantil. “É a maior onda de mobilização nos Estados Unidos e na Europa desde o Vietnã”, afirmou o jornalista.

As autoridades universitárias tentam encontrar uma alternativa para as detenções, mas estão presas entre o respeito à liberdade de expressão e a necessidade de conter as consignas contra Israel. Os organizadores dos protestos universitários exigem um cessar-fogo na Faixa de Gaza e querem que as universidades rompam os vínculos com Israel.

“É um fato histórico a mobilização pró-Palestina dos estudantes norte-americanos, com forte participação de judeus anti sionistas. Enfrentam a repressão com valentia, servem de exemplo para o mundo”, destacou Altman durante a entrevista.

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