"Os jornalistas da China têm a clara consciência de sua responsabilidade neste momento histórico", diz Leonardo Attuch
Em entrevista ao Grupo de Mídia da China, o editor do Brasil 247 apontou que Brasil e China irão liderar a construção do mundo multipolar
247 – A construção de uma Aliança de Mídia do Sul Global, lançada pelos veículos de comunicação Brasil 247 e Guancha durante a visita do jornalista Leonardo Attuch à China entre os dias 9 e 17 de março, foi um dos temas centrais abordados em entrevista ao serviço em língua portuguesa do Grupo de Mídia da China. Durante a conversa, Attuch destacou o papel fundamental da comunicação na consolidação de um mundo multipolar e defendeu maior intercâmbio entre os meios de comunicação brasileiros e chineses.
"Espero que seja o princípio de uma aliança entre vários meios de comunicação dos países do Sul Global, para que os leitores e a audiência de cada país possam conhecer a realidade política, econômica e cultural de cada região", afirmou. Para Attuch, essa troca de informações e perspectivas é essencial para a construção de uma "civilização global", baseada na compreensão mútua e na cooperação.
O jornalista também destacou o papel da China e do Brasil na formação de uma nova ordem mundial. "Conversando com jornalistas chineses, percebi um senso de responsabilidade histórica, a ideia de que a China tem um papel na construção desse novo mundo e de que o Brasil também desempenha um papel importante", disse. Segundo ele, há um sentimento de destino comum unindo os dois países, que podem liderar esse processo de transformação global.
Attuch ressaltou ainda que o Brasil possui uma característica única, que pode servir de modelo para o mundo: sua diversidade cultural e histórica. Ele mencionou o antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro para ilustrar essa visão. "Ele sempre sonhou com a civilização brasileira. O Brasil pode ser um exemplo para o mundo pelo fato de ser uma cultura que recebeu diversos povos. É um país que respeita diferentes culturas internacionais pela sua formação miscigenada", afirmou.
A comparação entre as trajetórias de Brasil e China também foi um dos pontos abordados na entrevista. "A China não é um país miscigenado como o Brasil, é uma nação mais uniforme na sua formação. No entanto, essa diferença fortalece ainda mais a relação entre os dois países, pois o Brasil já é um exemplo de integração de vários povos". Para Attuch, esse intercâmbio de experiências pode acelerar e consolidar a parceria Brasil-China em diversas dimensões.
O fortalecimento dessa relação estratégica entre os dois países vem se tornando cada vez mais evidente, tanto no campo econômico quanto no político e cultural. A construção de uma aliança midiática entre os países do Sul Global reforça essa aproximação e pode ser um passo fundamental na consolidação de uma nova narrativa internacional, menos influenciada pelos eixos tradicionais de poder midiático ocidental. Assista:
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