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    "Polícia Federal republicana é uma ilusão do governo Lula", diz Breno Altman

    “Faz parte de um cenário no qual a ilusão sobre o comportamento das classes dominantes permanece”, afirmou o jornalista

    Breno Altman (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters/Pilar Olivares)

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    247 - “Houve uma contradição na versão que o governo passou ao público. Essa contradição não podia existir”, pontuou o jornalista Breno Altman após o presidente Lula (PT) afirmar se tratar de ‘uma armação do Moro’ o esquema criminoso do Primeiro Comando da Capital (PCC) desarticulado pela Polícia Federal. A facção planejava matar autoridades e políticos, entre eles, supostamente, o ex-juiz parcial e senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

    “Essa contradição entre o que foi falado sobre a ação da PF na quarta, quando foi deflagrada, (de agir independentemente do que Moro representa e sobre a sua parcialidade no caso do presidente Lula) e a resposta do presidente um dia após, na quinta, de que tudo seria uma ‘armação’ de Moro, é evidente. É uma coisa ou outra. E exatamente por ela não poder existir, alguém teria que ter arrumado a casa. Alguém tem que arrumar a casa sob orientação do presidente: o responsável pela Polícia Federal e a quem ela se subordina. O presidente da República não pode entrar em contradição com o seu próprio governo”, esclareceu durante entrevista à TV 247.

    O jornalista acredita que a ideia de uma PF republicana não se sustenta. “Essa ideia da Polícia Federal republicana faz parte de um cenário no qual a ilusão sobre o comportamento das classes dominantes permanece. E, exatamente por que não se pode ter esse tipo de ilusão, que o governo tinha que ter acertado sua narrativa. É uma coisa ou outra”. 

    Altman destacou que os cuidados com as narrativas devem ser mantidos não só pelo presidente, mas por todo o governo. “Significa dizer que ele tem que multiplicar os cuidados com o que ele fala. A maneira como o governo e ele (Lula) têm uma estratégia de se comunicar. Ele precisa estar protegido dessa situação. Não pode abrir espaços que permitam ataques do inimigo. Não pode ter momentos de desabafo pessoal, de relaxamento. Infelizmente é assim que funciona”, finalizou.

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