TV 247 logoAPOIE o 247
Buscar
HOME > Entrevistas

"Pouco importa se Kamala é uma mulher negra. Ela vai manter as guerras", diz Paulo Nogueira Batista Júnior

Economista afirma que os setores progressistas no Brasil não devem se animar com a substituição de Joe Biden por Kamala Harris

(Foto: REUTERS/Vincent Alban | Brasil247)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

247 – Em uma recente entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior compartilhou suas opiniões contundentes sobre a política dos Estados Unidos e a recente substituição de Joe Biden por Kamala Harris na corrida presidencial. Suas declarações destacam uma visão crítica e cética em relação às mudanças no cenário político americano.

Para Batista Júnior, a desistência de Biden já era um cenário esperado, embora ele acredite que o mais surpreendente foi a demora do presidente em reconhecer a inviabilidade de sua candidatura. "A saída de Biden do páreo era algo previsível, mas a demora em reconhecer isso foi impressionante. Ele cedeu à pressão de outros democratas apenas no último momento," afirmou o economista.

Batista Júnior não poupa críticas à vice-presidente Kamala Harris, a quem ele considera uma fraude. "Ela é uma sionista e defensora intransigente de Israel. Nos Estados Unidos, o que existe é uma democracia plutocrática, em que o dinheiro manda muito," disse ele. Segundo o economista, a plutocracia americana provavelmente apostará nos dois candidatos, tanto em Harris quanto em Donald Trump.

A questão racial e de gênero

O economista desvaloriza a importância das características pessoais de Harris, como ser mulher e negra, argumentando que essas são apenas fachadas mais simpáticas para a propaganda do Império. "Pouco importa se Kamala Harris é mulher e negra. Ela é uma liberal, que defende as pautas mais absurdas do governo Biden, como as guerras na Ucrânia e na Palestina," disse Batista Júnior.

Batista Júnior também destacou o poder do lobby sionista nos Estados Unidos, que ele acredita ser uma força dominante na política externa americana. "Netanyahu está certo quando diz que pouco importa quem é o presidente dos Estados Unidos. O lobby sionista está sempre no poder e subordina a política externa americana à política externa de Israel", afirmou.

Ele citou o caso da Adidas, que cancelou uma campanha com a modelo Bella Hadid, de origem palestina, como um exemplo da força desse lobby. "A influência de Israel é tão grande que prejudica a política externa americana e o preço moral para os Estados Unidos é gravíssimo," acrescentou.

Um cenário pessimista para os progressistas brasileiros

Batista Júnior conclui que os setores progressistas no Brasil não devem se animar com a substituição de Biden por Harris. "Para a propaganda do Império, é melhor ter uma mulher negra como figura de proa. Mas, no final das contas, essas características superficiais não afetam o essencial," disse ele, reforçando sua visão de que as mudanças no comando dos Estados Unidos não trarão impacto significativo na política externa do país.

A substituição de Joe Biden por Kamala Harris como candidata presidencial democrata marca um momento significativo na política americana. Harris, que agora busca unir o Partido Democrata e a nação para derrotar Donald Trump, traz consigo uma nova dinâmica geracional e cultural à corrida. No entanto, as críticas sobre suas posições políticas e sua relação com o lobby sionista continuam a ser pontos de debate, tanto nos Estados Unidos quanto internacionalmente.

A campanha de Trump já se prepara para enfrentar Harris, enquanto ela se esforça para consolidar apoio dentro do Partido Democrata e se posicionar como uma candidata capaz de liderar o país em um momento de profundas divisões políticas e sociais. Assista a entrevista:

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Relacionados