"Pouco importa se Kamala é uma mulher negra. Ela vai manter as guerras", diz Paulo Nogueira Batista Júnior
Economista afirma que os setores progressistas no Brasil não devem se animar com a substituição de Joe Biden por Kamala Harris
247 – Em uma recente entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior compartilhou suas opiniões contundentes sobre a política dos Estados Unidos e a recente substituição de Joe Biden por Kamala Harris na corrida presidencial. Suas declarações destacam uma visão crítica e cética em relação às mudanças no cenário político americano.
Para Batista Júnior, a desistência de Biden já era um cenário esperado, embora ele acredite que o mais surpreendente foi a demora do presidente em reconhecer a inviabilidade de sua candidatura. "A saída de Biden do páreo era algo previsível, mas a demora em reconhecer isso foi impressionante. Ele cedeu à pressão de outros democratas apenas no último momento," afirmou o economista.
Batista Júnior não poupa críticas à vice-presidente Kamala Harris, a quem ele considera uma fraude. "Ela é uma sionista e defensora intransigente de Israel. Nos Estados Unidos, o que existe é uma democracia plutocrática, em que o dinheiro manda muito," disse ele. Segundo o economista, a plutocracia americana provavelmente apostará nos dois candidatos, tanto em Harris quanto em Donald Trump.
A questão racial e de gênero
O economista desvaloriza a importância das características pessoais de Harris, como ser mulher e negra, argumentando que essas são apenas fachadas mais simpáticas para a propaganda do Império. "Pouco importa se Kamala Harris é mulher e negra. Ela é uma liberal, que defende as pautas mais absurdas do governo Biden, como as guerras na Ucrânia e na Palestina," disse Batista Júnior.
Batista Júnior também destacou o poder do lobby sionista nos Estados Unidos, que ele acredita ser uma força dominante na política externa americana. "Netanyahu está certo quando diz que pouco importa quem é o presidente dos Estados Unidos. O lobby sionista está sempre no poder e subordina a política externa americana à política externa de Israel", afirmou.
Ele citou o caso da Adidas, que cancelou uma campanha com a modelo Bella Hadid, de origem palestina, como um exemplo da força desse lobby. "A influência de Israel é tão grande que prejudica a política externa americana e o preço moral para os Estados Unidos é gravíssimo," acrescentou.
Um cenário pessimista para os progressistas brasileiros
Batista Júnior conclui que os setores progressistas no Brasil não devem se animar com a substituição de Biden por Harris. "Para a propaganda do Império, é melhor ter uma mulher negra como figura de proa. Mas, no final das contas, essas características superficiais não afetam o essencial," disse ele, reforçando sua visão de que as mudanças no comando dos Estados Unidos não trarão impacto significativo na política externa do país.
A substituição de Joe Biden por Kamala Harris como candidata presidencial democrata marca um momento significativo na política americana. Harris, que agora busca unir o Partido Democrata e a nação para derrotar Donald Trump, traz consigo uma nova dinâmica geracional e cultural à corrida. No entanto, as críticas sobre suas posições políticas e sua relação com o lobby sionista continuam a ser pontos de debate, tanto nos Estados Unidos quanto internacionalmente.
A campanha de Trump já se prepara para enfrentar Harris, enquanto ela se esforça para consolidar apoio dentro do Partido Democrata e se posicionar como uma candidata capaz de liderar o país em um momento de profundas divisões políticas e sociais. Assista a entrevista:
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