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Reginaldo Nasser sobre o prazo de 30 dias dos EUA para Israel: "É uma aula de hipocrisia, de cinismo"

Especialista critica hipocrisia do Ocidente e alerta para genocídio transmitido ao vivo

(Foto: Reuters | Divulgação )

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247 - O professor Reginaldo Nasser fez duras críticas ao papel dos Estados Unidos no conflito entre Israel e Hamas, durante entrevista ao programa Boa Noite 247. Segundo ele, os EUA continuam a fornecer armas e apoio militar, o que reforça a máquina de guerra israelense. "É uma aula de hipocrisia, de cinismo. Os Estados Unidos continuam alimentando essa máquina de guerra de Israel", afirmou. Nasser também comentou sobre a cumplicidade de outros países ocidentais, como a Alemanha, que declarou apoio às ações israelenses, mesmo com o alto número de civis mortos.

Para o especialista, a violência indiscriminada contra palestinos e libaneses tem sido justificada com o pretexto de que militantes do Hamas se misturam à população civil. Ele destacou o uso de bombas de grande poder destrutivo, como as de duas mil libras, utilizadas "não só em Gaza, mas também no Líbano". 

Nasser também criticou a postura passiva de líderes mundiais frente ao que classificou como genocídio: "É o único genocídio ao vivo, filmado, fotografado, narrado". Segundo ele, o Ocidente assinou um "cheque em branco" para Israel, que se aproveita da falta de uma reação mais contundente da comunidade internacional para seguir com sua ofensiva militar. "Nunca se viu algo assim, tão acintoso", concluiu.

O professor traçou ainda paralelos com a repressão às guerrilhas latino-americanas nas décadas de 1960 e 1970, ressaltando como a lógica de exterminar civis para eliminar insurgentes é semelhante à usada pelos Estados Unidos naquele período. Além disso, Nasser citou a resistência dentro da própria comunidade judaica, destacando as recentes manifestações de judeus anti-sionistas em Nova Iorque contra as ações de Israel.

O conflito entre Israel e o Hezbollah no Líbano também foi abordado por Nasser, que mencionou a força do grupo libanês, mesmo após ter sido atingido duramente por Israel. "Não vão derrotar o Hezbollah. Atingiram muito, mas não vai deixar de existir", afirmou.

Nasser também demonstrou pessimismo sobre o futuro da região, considerando que os Estados Unidos e Israel seguem sem uma estratégia clara para resolver o conflito. "Vocês precisam de uma estratégia, não têm. Estão ganhando batalhas, mas não a guerra", disse ele, citando um general americano. Assista: 

 

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