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“Seria dar um tiro no pé de escopeta defender o banimento do X no Brasil”, diz Breno Altman

Analista político critica proposta de banimento imediato e defende solução estratégica para as plataformas digitais

(Foto: Brasil247 | Reuters )

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247 – Durante entrevista ao programa Bom Dia 247, o jornalista e analista político Breno Altman, editor do Opera Mundi, se posicionou contra a possibilidade de banimento imediato da plataforma X, antigo Twitter, no Brasil, defendendo uma abordagem estratégica e de longo prazo. Altman argumentou que o banimento seria prejudicial à esquerda, afirmando: "Eu sou contrário a isso, eu acho que seria dar de presente para a extrema-direita um discurso de altíssima potência contra o governo. Seria um grave erro, um tiro no pé de escopeta".

Altman alertou que a medida atenderia aos interesses da extrema-direita, que usaria o discurso de liberdade contra a esquerda. "Seria tudo que a extrema-direita deseja no Brasil, para que ela reivindique o discurso da liberdade contra a esquerda", afirmou.

O jornalista defendeu a substituição das plataformas digitais por alternativas latino-americanas, inspirando-se na estratégia adotada pela China, que aboliu redes como Facebook e Instagram, substituindo-as por plataformas nacionais. "Nós temos que resolver o problema das plataformas, disso eu não tenho nenhuma dúvida, mas a longo prazo. As plataformas atuais são controladas por empresários norte-americanos, todas elas, essas plataformas teriam que ser substituídas por plataformas latino-americanas, produtos da integração latino-americana", explicou.

Altman reforçou que a substituição das plataformas deve ser feita como parte de um projeto estratégico, com debate popular e possivelmente até um plebiscito. "Temos que cuidar da substituição dessas plataformas como um projeto estratégico, que tenha convencimento e debate popular", disse. Para ele, uma ação imediata do Poder Judiciário seria um erro grave, visto por grande parte da população como uma violação da liberdade: "Por um ato do Poder Judiciário, seria um erro gravíssimo, pelo qual nós pagaríamos muito". Assista: 

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