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    "Silvio Almeida e Anielle Franco não vão falar nada sobre a Palestina?”, diz Altman

    Altman denuncia o silêncio ministerial e defende posicionamento firme contra o sionismo

    Silvio Almeida | Anielle Franco | Breno Altman (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil | Jose Cruz/Agência Brasil | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

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    247 - No programa "Bom Dia" da TV 247, o jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi, abordou questões relacionadas à política brasileira e internacional, com foco especial na situação na Palestina. Durante a entrevista conduzida pela jornalista Dafne Ashton, Altman destacou a falta de posicionamento dos ministros de Direitos Humanos e Igualdade Racial do Brasil, Silvio Almeida e Anielle Franco, em relação ao conflito na Palestina.

    "Ao contrário da África do Sul, cujos governantes sempre se posicionam em solidariedade à Palestina, aqui se calam os ministros de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Silvio Almeida e Anielle Franco. Como se a questão palestina não fosse o principal tema humanitário e antirracista", afirmou Altman.

    Ele ressaltou a importância dos ministérios de Direitos Humanos e Igualdade Racial como instrumentos de instrução para o povo brasileiro sobre a situação na Palestina. No entanto, observou que esses ministérios carecem de uma política permanente em relação ao tema, ao contrário do que ocorre na África do Sul.

    "Esses dois ministérios têm uma função pedagógica muito importante, sobre a instrução do povo brasileiro sobre o que ocorre na Palestina. Esses dois ministérios não têm uma política permanente sobre o que acontece na Palestina, ao contrário do que acontece na África do Sul. É um erro, pois isso não é uma questão internacional", declarou Altman.

    O jornalista também abordou a relação entre o sionismo e a extrema direita no Brasil, argumentando que é impossível enfrentar a extrema direita sem confrontar o sionismo. Ele sugeriu que o governo brasileiro recuou de manifestações sobre a Palestina devido a uma suposta preocupação com a reação dos evangélicos.

    "Aparentemente o governo se assustou com a suposta reação dos evangélicos quando o presidente Lula se manifestou e recuou. Teria havido uma orientação do governo para recuar do tema. Se assim foi, creio que é um equívoco. Temos que enfrentar o debate político ideológico contra a extrema direita. Se a gente se omitir do debate, vamos deixar margem para o outro lado fazer o debate sem oposição", disse Altman.

    Ele também criticou a postura dos grandes grupos de comunicação, que, segundo ele, estão alinhados com a extrema direita nesse tema em favor do crime praticado contra palestinos, e enfatizou a necessidade de esclarecer como o sionismo é racista.

    "Os dois ministérios podiam ser canhões ideológicos, sem deixar só nas costas do presidente Lula", concluiu Altman.

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