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"Todos os países do Sul Global querem embarcar no trem dos BRICS", diz Pepe Escobar

Correspondente internacional avalia que a presidente do banco dos BRICS, Dilma Rousseff, terá papel central no processo de desdolarização

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Divulgação/New Development Bank)

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247 – O correspondente internacional Pepe Escobar concedeu uma entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, da TV 247, na qual fez uma análise abrangente do processo de desenvolvimento dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Escobar abordou diversos aspectos, desde o declínio da civilização ocidental até o avanço do processo de desdolarização e a importância da cúpula dos BRICS na África do Sul.

Uma das declarações de Escobar foi sobre o declínio absoluto da civilização ocidental, apontando para mudanças significativas no cenário global e o fortalecimento de outras potências, como os países dos BRICS. Ele ressaltou a importância da cúpula dos BRICS na África do Sul, destacando a presença de líderes como Vladimir Putin e enfatizando o avanço do processo de desdolarização como um dos pontos centrais do encontro. "Todos os países do Sul Global querem embarcar no trem dos BRICS", disse ele. "A cúpula vai organizar a fila". 

O correspondente internacional também mencionou o endosso chinês à possível entrada da Venezuela nos BRICS, considerando-o de vital importância. Escobar criticou a imprensa brasileira, referindo-se a ela como "lixo". Ele ressaltou o papel central da ex-presidente Dilma Rousseff como presidente do Banco dos BRICS (NDB) e destacou que este banco é uma alternativa ao Banco Mundial.

Guerra invisível – Ao falar sobre a situação na Rússia, Escobar afirmou que não há sinais de recessão e destacou que a guerra é invisível em Moscou, contradizendo percepções amplamente divulgadas pela mídia ocidental. Ele mencionou declarações do ex-primeiro-ministro Dmitry Medvedev, afirmando que a única saída seria "exterminar a cabeça da cobra", em referência a uma abordagem para resolver conflitos.

Escobar também abordou a economia de defesa nos Estados Unidos, descrevendo-a como uma economia paralela e criticando os gastos com armas na Ucrânia. Ele ressaltou que não há sinal de recessão na Rússia e destacou que os países do Sul Global desejam se libertar, sugerindo como trilha sonora a canção "I Want to Break Free". Assista:

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