Tragédia no Rio Grande do Sul: Engenheiro Comassetto alerta sobre a falta de preparo para catástrofes
Vereador destaca fragilidade nos investimentos públicos e a necessidade de integração para prevenção de desastres.
247 — O vereador de Porto Alegre (RS) Engenheiro Comassetto (PT), em entrevista à TV247, abordou a recente tragédia no Rio Grande do Sul, provocada por um furacão extra-tropical, sendo incisivo ao apontar a fragilidade dos investimentos públicos destinados à prevenção de catástrofes no Brasil e ressaltando sua preocupação com o aumento desse cenário em meio ao negacionismo.
Segundo Comassetto, "primeiro, os investimentos públicos para ter uma estrutura que trate de catástrofes ou de grandes eventos climáticos no Brasil são extremamente fragilizados e recebem poucos investimentos. Eles passaram a ter um aumento em um período recente, também associado ao negacionismo."
O vereador também criticou a postura de alguns setores em relação ao aquecimento global e mudanças climáticas, mesmo diante de eventos trágicos. Ele afirmou que "ouvimos falar todos os dias: 'não existe aquecimento global, não existe mudança climática agora.' Mesmo com o evento ocorrido aqui no Rio Grande do Sul na semana passada, que resultou em um alto número de mortes."
Comassetto ressaltou a importância de ouvir os especialistas e agir de forma preventiva. Ele enfatizou que "temos meteorologistas que foram à imprensa e disseram: 'não, não vai acontecer nada.' Isso é, na verdade, conversa. Não se preocupem. Tivemos meteorologistas que disseram isso, mas há um conjunto de meteorologistas, estudiosos do clima, geólogos e outros no Brasil que têm uma capacidade intelectual fantástica. E isso é uma realidade hoje."
O vereador destacou ainda a necessidade de uma integração eficaz entre poder público e sociedade civil para lidar com essas situações. Ele ressaltou: "se não houver preparo prévio, como você junta tudo isso vinte e quatro horas antes do evento?"
O vereador encerrou a entrevista destacando a importância da conciliação entre preservação ambiental, agricultura e uso sustentável dos recursos naturais, apontando para estudos da Embrapa nesse sentido. Ele concluiu que é possível alcançar um equilíbrio, desde que feito com responsabilidade e planejamento.
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