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Agência antidoping da China pede testes mais rigorosos para atletas dos EUA

Escândalos de doping ocorrem com muita frequência no atletismo dos EUA

Bandeiras da China e dos EUA (Foto: Reuters)

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(Sputnik) - A Agência Antidoping da China (CHINADA) pediu nesta quinta-feira (8) à Agência Internacional de Testes que intensifique as verificações nos atletas dos EUA após o velocista Erriyon Knighton competir nas Olimpíadas de Paris, mesmo após ter falhado em um teste de doping.

Knighton evitou a desqualificação após um teste positivo para metabólitos de trembolona, depois que um especialista independente determinou que os resultados do teste poderiam ter sido causados pelo consumo de carne contaminada. A decisão foi tomada em junho pela Agência Antidoping dos EUA (USADA). A agência chinesa já havia expressado dúvidas publicamente sobre a investigação da USADA no caso.

"Pedimos fortemente à Agência Internacional de Testes (ITA) que intensifique os testes nos atletas de atletismo dos EUA. Também recomendamos fortemente que a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) fortaleça a supervisão antidoping do atletismo dos EUA, previna os riscos de doping e investigue rigorosamente os casos relevantes, com o objetivo de proteger verdadeiramente os direitos e interesses legítimos dos atletas limpos em todo o mundo e de reconstruir a confiança dos atletas globais no jogo limpo", disse a CHINADA em um comunicado.

O caso de Knighton mostrou mais uma vez que escândalos de doping ocorrem com muita frequência no atletismo dos EUA, com a USADA frequentemente absolvendo atletas flagrados com doping sob a alegação de que as substâncias proibidas foram ingeridas acidentalmente, disse a agência chinesa, acrescentando que tudo isso sugere que há um problema sistêmico de doping no atletismo dos EUA que exige uma investigação mais aprofundada, dado que os Estados Unidos são um dos maiores mercados de esteroides do mundo.

"Dado os problemas profundamente enraizados no atletismo dos EUA e o repetido desrespeito da USADA pelos procedimentos e padrões, há motivos para suspeitar que existe um problema sistêmico de doping no atletismo dos Estados Unidos e os casos positivos merecem investigação e atenção contínuas", dizia o comunicado.

A Agência Mundial Antidoping (WADA) disse na quarta-feira que a USADA claramente violou o código antidoping porque usou um esquema que permitia que atletas pegos no doping continuassem competindo em troca de informações sobre outros infratores. A mídia relatou que três atletas americanos flagrados usando doping entre 2011 e 2014 se infiltraram e continuaram a participar de eventos esportivos sem qualquer retribuição disciplinar. Todos os três já encerraram suas carreiras, e seus nomes não serão divulgados por motivos de segurança.

O New York Times informou no final de julho que mais dois nadadores chineses testaram positivo para traços de metandienona em 2022, mas foram liberados após a WADA aceitar as conclusões da agência antidoping chinesa, que culpou a carne de hambúrguer contaminada. Um dos nadadores deve competir nas Olimpíadas de Paris, enquanto o outro estava entre os 23 nadadores chineses que testaram positivo para traços de trimetazidina em 2021, antes das Olimpíadas de Tóquio. A WADA confirmou posteriormente o relatório.

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