Clubes de futebol argentinos se manifestam contra ditadura militar no aniversário do golpe
No aniversário do golpe de 1976, clubes de futebol reforçam o “Nunca Mais” contra a ditadura
247 - A Argentina rememorou nesta segunda-feira (24) o aniversário do golpe de Estado de 1976, que depôs a então presidente Isabel Perón e deu início a uma das etapas mais sombrias da história do país, com a ditadura militar perdurando até 1983. Como é tradicional neste dia, os principais clubes de futebol argentinos se uniram nas redes sociais para lembrar o episódio e reafirmar seu repúdio ao regime por meio da campanha “Nunca Más”. As informações são da CNN Brasil.
Clubes como Boca Juniors, River Plate, San Lorenzo, Independiente, Huracán, Platense, Newell’s Old Boys, Rosario Central e Lanús, entre outros da primeira divisão, marcaram presença nas manifestações. O Ferro Carril Oeste, da segunda divisão, relembrou o sofrimento vivido por seus próprios associados durante a ditadura.
O clube publicou um vídeo com fotos dos presos políticos e desaparecidos ligados ao time, com destaque para os 18 sócios e sócias que desapareceram durante o período. "No país, foram 30.000 presos desaparecidos, e no nosso clube 18 sócias e sócios que estão mais presentes que nunca em nossas tribunas e nos nossos corações. Por Memória, Verdade e Justiça", escreveu o Ferro Carril Oeste, bicampeão nacional na década de 1980.
O Lanús também se manifestou de maneira contundente, aproveitando o aniversário de 49 anos do golpe para reafirmar sua posição contra a ditadura. "O Club Atlético Lanús repudia energicamente a última ditadura cívico-militar, trágico capítulo da história argentina. Memória, Verdade e Justiça, sempre", postou o clube, campeão da Copa Sul-Americana em 2013.
Torcidas contra Milei - A campanha dos clubes argentinos contra a ditadura militar ocorre semanas após torcidas organizadas do país, as chamadas Barras Bravas, se unirem a manifestações contra o presidente de extrema-direita Javier Milei. Os torcedores se uniram a aposentados, que protestavam contra cortes do governo, o que gerou uma violenta repressão policial.
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