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      Conmebol rebate CBF e afirma que entidade brasileira votou contra aumento de punições por racismo

      Federação sul-americana responde ofício da CBF e reforça que sanções seguem padrões internacionais

      Presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Dominguez (Foto: Reuters/Cesar Olmedo)
      Camila França avatar
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      247 - A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) afirmou, em comunicado enviado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que a própria entidade brasileira se opôs ao aumento de sanções financeiras para combater o racismo no futebol. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (24), em resposta a um ofício da CBF que criticou as punições aplicadas em casos de discriminação, destaca o jornal O Globo

      O documento, assinado pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, e enviado ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, destacou: "Com relação à proposta reiterada pela CBF quanto à modificação do Estatuto e do Código Disciplinar, vale respeitosamente lembrar que foi a própria CBF quem, na ocasião, manifestou oposição ao aumento dos valores de sanções estabelecidos."

      A polêmica começou após a CBF retirar seu apoio a uma carta conjunta assinada por todas as federações sul-americanas, incluindo a brasileira, que apoiava as medidas da Conmebol contra o racismo. Em seguida, a CBF emitiu uma nota discordando da condução dos casos pela entidade. "A CBF discorda veementemente da atuação da CONMEBOL nos casos de racismo", afirmou a entidade, acrescentando que espera a adoção do "protocolo antirracismo global da FIFA em suas competições, Libertadores e Sul-Americana, aplicando punições contundentes na eventualidade de novos crimes de racismo."

      A Conmebol, por sua vez, defendeu suas sanções, afirmando que estão "alinhadas com os mais elevados padrões internacionais" e que os valores arrecadados são investidos em ações sociais, incluindo uma plataforma educativa sobre direitos humanos. "As sanções econômicas aplicadas por esta Confederação excedem, em muitos casos, as impostas em outras jurisdições", destacou a entidade.

      O debate ganhou força após o caso de racismo sofrido pelos jogadores do Palmeiras Luighi e Figueiredo, em partida contra o Cerro Porteño pela Libertadores Sub-20. A CBF criticou a punição aplicada ao clube paraguaio, classificando-a como "inócua, ineficaz e insuficiente diante da gravidade do evento." A Conmebol, no entanto, ressaltou que recursos apresentados por clubes brasileiros contra sanções anteriores foram rejeitados pelo Tribunal Arbitral do Esporte (CAS).

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