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Isaquias Queiroz e Raquel Kochhann serão porta-bandeiras do Brasil na abertura dos Jogos de Paris

Isaquias Queiroz e Raquel Kochhann foram escolhidos pelo COB para representar a delegação brasileira no desfile pelo rio Sena na cerimônia de abertura

Isaquias Queiroz posa com medalha de ouro olímpica conquistada nos Jogos Tóquio 2020 no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos 09/08/2021 REUTERS/Amanda Perobelli

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Reuters - Isaquias Queiroz, único brasileiro a conquistar três medalhas em uma única edição de Olimpíada, e Raquel Kochhann, uma das líderes da seleção feminina de rúgbi e recém-recuperada de um câncer, foram escolhidos pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para representar a delegação no desfile pelo rio Sena na cerimônia de abertura dos Jogos de Paris na sexta-feira.

Isaquias, que busca popularizar a canoagem velocidade no país, soma quatro medalhas olímpicas: duas pratas (C1 1000m e C2 1000m) e um bronze (C1 200m) na Rio 2016 e um ouro em Tóquio 2020 no C1 1000m. Ele defenderá o título na prova e ainda competirá no C2 500m.

"Fico muito feliz de poder representar minha Bahia, meu Nordeste, o Brasil inteiro. Vai ser uma cerimônia incrível. Principalmente por poder representar minha modalidade, ainda tímida no Brasil", disse o atleta, segundo comunicado divulgado pelo COB na noite de segunda-feira.

O rúgbi é um dos esportes mais populares da França, sede desta edição olímpica, mas ainda tem muito potencial para crescimento no Brasil. Raquel chegou à seleção desde que o rúgbi sevens entrou para o programa olímpico, na Rio 2016. Um pouco antes da segunda participação, em Tóquio 2020, ela descobriu um caroço que se revelaria um câncer de mama.

A atleta enfrentou mastectomia, quimio e radioterapia, e em dezembro de 2023, foi novamente convocada para a seleção. Agora, ela celebra a volta ao palco olímpico carregando a bandeira de uma delegação do Brasil majoritariamente feminina, com 153 mulheres dentre os 276 classificados.

"Ser atleta olímpico é difícil. Essa sensação de estar na frente, levando a bandeira para o mundo inteiro ver numa cerimônia de abertura é algo que não consigo explicar em palavras. A minha ficha ainda não caiu, acho que só quando eu estiver lá para saber o que vou sentir", afirmou Raquel, natural de Saudades, em Santa Catarina.

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