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Ngamba faz história com primeira medalha olímpica para equipe de refugiados, mas quer mais

A atleta de 25 anos, nascida em Camarões, vive na Inglaterra há 15 anos, mas ainda aguarda a cidadania

Boxeadora Cindy Ngamba, da equipe olímpica de atletas refugiados, na Olimpíada de Paris 2024 04/08/2024 REUTERS/Peter Cziborra (Foto: REUTERS/Peter Cziborra)

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PARIS (Reuters) – Cindy Ngamba se tornou a primeira representante da equipe de refugiados a ganhar uma medalha na Olimpíada depois de chegar às semifinais do boxe nos Jogos de Paris neste domingo e garantir pelo menos um bronze, embora ela ainda queira mais.

Ngamba venceu Davina Michel, da França, por decisão unânime diante de uma multidão que apoiou fortemente sua adversária, avançando para as semifinais na categoria feminina dos pesos médios. 

A atleta de 25 anos, nascida em Camarões, vive na Inglaterra há 15 anos, mas ainda aguarda a cidadania, e está competindo pela equipe olímpica de refugiados, que foi criada nos Jogos do Rio em 2016.

"É muito importante para mim ser a primeira refugiada a ganhar uma medalha. Sou apenas um ser humano, assim como qualquer outro refugiado e atleta em todo o mundo. Mas espero que eu possa trocar a cor da medalha na minha próxima luta", disse Ngamba.

Ngamba foi muito aplaudida durante sua primeira luta contra a canadense Tammara Thibeault, mas desta vez, contra um destaque local, o público não perdoou.

A boxeadora, no entanto, disse que foi fácil ignorar o barulho.

"Eu estava recebendo muitas vaias. Mas acho que só as ouvi quando estava caminhando para o ringue", acrescentou.

"Logo depois que entrei no ringue, não consegui ouvir nada. As únicas pessoas que eu conseguia ouvir eram meus treinadores e eu mesma."

Agora Ngamba enfrentará Atheyna Bylon, do Panamá, nas semifinais que serão realizadas na próxima quinta-feira em Roland Garros.

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