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    Relatório de investigação aponta sistema de doping nos EUA com conivência governamental

    O estudo analisou os escândalos de doping nos Estados Unidos nos últimos 20 anos

    Pílulas (Foto: Divulgação)

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    247 - Um relatório de investigação divulgado por Yuyuantantian, uma divisão de mídia do China Media Group, no último sábado (10), descreve um sistema de doping profundamente enraizado nos Estados Unidos, abrangendo desde atletas até treinadores, agentes, empresas farmacêuticas e órgãos governamentais. Conforme relatou o Global Times, a investigação realizada analisou os escândalos de doping nos EUA nos últimos 20 anos e destaca a ausência de adesão da maioria das ligas profissionais americanas e da Associação Nacional de Atletas Universitários ao Código Mundial Antidopagem.

    De acordo com o relatório, essa lacuna regulatória facilitou uma cultura interna de acobertamento de doping, permitindo que práticas ilícitas se desenvolvessem desde a juventude dos atletas americanos. Treinadores desempenham um papel importante neste contexto, principalmente em equipes juvenis de natação, onde são conhecidos por administrar secretamente analgésicos e outros medicamentos prescritos sob a premissa de tratar lesões. Essas drogas são proibidas pela Agência Mundial Antidopagem (WADA), assim como esteroides que melhoram o desempenho dos atletas.

    A investigação também cita o ciclista americano Lance Armstrong, que admitiu o uso de EPO, hormônio de crescimento humano e diuréticos para vencer sete edições do Tour de France. Armstrong também confessou ter falsificado documentos para parecer que havia passado nos testes de drogas. A manipulação por trás dos bastidores, segundo o relatório, teve o apoio do governo dos EUA, que usou o poder político para proteger atletas americanos, permitindo que muitos evitassem testes e obtivessem vantagens indevidas.

    Além disso, foi revelado que atletas americanos solicitaram Exceções de Uso Terapêutico a uma taxa dez vezes maior do que atletas de outros países. Em resposta aos esforços internacionais para combater o doping, o governo dos EUA promulgou leis que concedem "jurisdição extraterritorial" às agências antidoping estadunidenses, permitindo-lhes investigar e importunar atletas de outras nações, como os nadadores chineses citados no relatório.

    Li Haidong, professor da Universidade de Relações Exteriores da China, comentou ao Global Times que essa abordagem dos EUA reflete uma "senso arrogante de excepcionalismo" e uma tentativa de impor regras domésticas ao palco global, não apenas nos esportes, mas em quase todas as áreas. 

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