Chavismo no governo de Minas? Não, é só o dinheiro do CAF...
Governo Antonio Anastasia, do PSDB, consegue autorização da Assembleia Legislativa para tomar empréstimo de US$ 300 milhões da Corporação Andina de Fomento, banco com sede em Caracas, na Venezuela
Minas 247 - As más línguas poderiam dizer que é o chavismo dando as cartas no governo mineiro. Menos, menos…
Mas o governo Antonio Anastasia (PSDB) conseguiu da Assembleia Legislativa a autorização que precisava para contrair empréstimo de US$ 300 milhões com a Corporação Andina de Fomento (CAF), banco sediado em Caracas, na Venezuela.
Na realidade, o CAF, embora com sede no país de Hugo Chávez, foi criado no fim dos anos 1960 em Bogotá (Colômbia), como um banco de fomento ligado à Colômbia, Equador, Peru, Chile e, claro, à Venezuela.
A aprovação do empréstimo ao governo mineiro pelos deputados estaduais só foi votado em esforço concentrado da base governista. Ela pôs os aliados em peso no plenário para derrotar a oposição e autorizar o empréstimo. Mas só obteve êxito depois de atender à exigência dos oposicionistas de cancelar outro financiamento, também de US$ 300 milhões, que seria tomado ao Japan Bank for Internacional Cooperation (JBIC).
O dinheiro do CAF será destinado ao asfaltamento de 8 mil quilômetros de rodovias mineiras. Serão 224 trechos ligando 303 cidades do estado, mas o governo não quis especificar quais os trechos serão beneficiados, apesar da pressão da oposição nesse sentido.
Oposição, no caso, são alguns deputados do PT e do PMDB. A argumentação básica deles é que o estado já está muito endividado. “O estado cria outro passivo enquanto discute a negociação da dívida que já tem, paga no mínimo cinco vezes”, disse, por exemplo, ao jornal Estado de Minas, o deputado Vanderlei Miranda, do PMDB.
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