Depois de Vasques, operação da PF mira ex-corregedor da PRF exonerado por suspeitas de parcialidade

247 - A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (9) uma operação que resultou na prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e trouxe à tona as suspeitas em torno do ex-corregedor da corporação, Wendel Benevides Matos. Matos, nomeado durante o governo de Jair Bolsonaro, foi exonerado em meio a alegações de parcialidade.De acordo com reportagem do jornal O Globo, a exoneração de Matos ocorreu após suspeitas levantadas por um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre sua possível parcialidade no exercício de suas funções.

Nomeado por Jair Bolsonaro, Matos carregava a responsabilidade de garantir a retidão e integridade dentro da PRF. Entretanto, sua gestão foi marcada por alegações de favorecimento e falta de imparcialidade. A decisão foi alvo de controvérsia, uma vez que Matos, cujo mandato estava previsto para perdurar até novembro, buscou na Justiça sua reinserção na função. Contudo, seus apelos foram rejeitados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O ex-corregedor é suspeito de ter arquivado parcialmente investigações relacionadas aos bloqueios em rodovias ocorridos durante o período eleitoral. Essa atitude gerou dúvidas quanto à sua imparcialidade e ao seu suposto envolvimento político. Além disso, ainda de acordo com a reportagem, o ex-corregedor também testemunhou Vasques presentear Anderson Torres com uma camisa do Flamengo com número 22 estampado, em alusão a Bolsonaro.Esse gesto levantou questionamentos sobre um possível alinhamento político entre Matos e o ex-diretor-geral, aumentando as suspeitas sobre sua imparcialidade.

A própria PRF, reconhecendo a gravidade das alegações, iniciou uma investigação interna para apurar a conduta de Matos durante seu período como corregedor.