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Deputado aciona MP-RJ contra Ludmilla para investigar crime de racismo religioso em show

Átila Nunes afirma que propagação de uma mensagem que associa entidades religiosas a condutas malignas pode alimentar a intolerância

Mensagem acusada de racismo religioso exposta em show da Ludmilla no Coachella (Foto: Reprodução)

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247 - O deputado estadual Átila Nunes (PSD-RJ) tomou medidas legais contra a cantora Ludmilla após uma controvérsia surgir durante seu show no Coachella, na Califórnia (EUA). O parlamentar acionou o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) e a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância do Estado do Rio de Janeiro, solicitando a investigação de um possível crime de racismo religioso.

O cerne da questão reside em uma frase exibida no telão durante a apresentação de Ludmilla, que dizia: "Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas". Para Nunes, essa declaração representa um ato de intolerância religiosa, especialmente em relação às crenças de matriz africana, como o candomblé e a umbanda.

Em seu documento, o deputado argumenta que as entidades religiosas mencionadas são dignas de respeito e devoção para muitas pessoas, e que a propagação de uma mensagem que as associa a condutas malignas pode alimentar a intolerância religiosa.

"É óbvio que isso reforça a intolerância religiosa. Isso é crime, isso é vilipêndio religioso", afirmou Nunes em um vídeo compartilhado em suas redes sociais. Ele ainda alertou que Ludmilla poderá enfrentar consequências legais dependendo da gravidade da situação.

Em resposta às acusações, Ludmilla defendeu-se nas redes sociais, alegando que o vídeo exibido durante seu show tinha o objetivo de retratar as realidades das favelas, incluindo questões como genocídio, violência policial, miséria e intolerância religiosa. "Rainha da Favela apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci, mas infelizmente se vive muitas mazelas", explicou a cantora, reiterando que a frase foi retirada de contexto e distorcida.

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