Igreja Universal recebeu R$ 72 milhões do 'faraó' das criptomoedas, que já foi pastor da denominação
De acordo com a Receita Federal, as transferências Glaidson Acácio dos Santos à Igreja Universal foram de aproximadamente R$ 29 milhões entre 2018 e 2020. A igreja, porém, confirma ter recebido valores ainda mais altos, de R$ 72,3 milhões, entre 4 de maio de 2020 a 12 de julho de 2021
247 - Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria, que foi preso na última semana por suspeita de pirâmide financeira, era membro da Igreja Universal do Reino de Deus situada em Cabo Frio, e assim como os milhares de fiéis, ele colaborava "com o sustento do templo", chegando a doas mais de R$ 72 milhões.
A igreja foi incluída na lista das 27 empresas e pessoas físicas que receberam quantias mais vultosas da GAS Consultoria. A Universal entrou com uma ação judicial para antecipar provas, temendo ser "envolvida em crimes que não praticou, pelo simples fato de ter recebido, de boa-fé", doações.
De acordo com a Receita Federal, as transferências do acusado à Igreja Universal foram de aproximadamente R$ 29 milhões entre 2018 e 2020. A igreja, porém, confirma ter recebido valores ainda mais altos, de R$ 72,3 milhões, entre 4 de maio de 2020 a 12 de julho de 2021.
"Em razão do exorbitante valor – que foge totalmente ao padrão de doações dos fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus -, o bispo Jadson Santos, líder da Igreja Universal do Reino de Deus no estado do Rio de Janeiro, procurou Glaidson, cobrando informações, na tentativa de entender a real motivação de tal modo de proceder", diz uma parte da ação.
Ainda segundo o documento, Glaidson se desligou da instituição religiosa e deixou de frequentar os cultos, "sem apresentar nenhuma explicação". A partir de então, a Universal afirma que passou a buscar informações e descobriu que a GAS tem sede no mesmo endereço da empresa NS Psicologia, controlada pelo ex-pastor Nei Carlos dos Santos, que é investigado em um inquérito policial que tramita pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil de Brasília.
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