Mais 300 linhas de Nazca são descobertas no deserto peruano
Inteligência artificial e drones ajudam a revelar geoglifos inéditos de uma das civilizações mais misteriosas da história
247 – Pesquisadores identificaram 303 novos geoglifos feitos pela civilização Nazca, localizada no atual território do Peru, com o auxílio de inteligência artificial e drones. A descoberta, publicada pelo The New York Times, praticamente dobrou o número de figuras conhecidas em apenas alguns meses, ampliando nossa compreensão sobre esse enigma arqueológico que remonta a 200 a.C. e 700 d.C.
As Linhas de Nazca, marcadas no solo árido da costa sul do Peru, já eram conhecidas por suas formas geométricas e representações de animais, visíveis apenas do alto. Entre as novas descobertas, há representações intrigantes, incluindo um gato com cauda de peixe, que reforçam o caráter artístico e simbólico dessas criações. “Levou quase um século para descobrir um total de 430 geoglifos figurativos”, afirmou Masato Sakai, arqueólogo da Universidade de Yamagata, no Japão, que estuda as linhas há 30 anos.
Tecnologia a serviço da arqueologia
A equipe de pesquisadores utilizou drones para mapear o terreno e inteligência artificial para identificar padrões no solo. Essas tecnologias permitiram superar as dificuldades de localização, já que os geoglifos frequentemente cruzam terrenos acidentados, como penhascos e ravinas, sem perder a precisão de suas linhas.
Segundo Sakai, a complexidade e a escala das linhas sugerem que elas possuíam múltiplas funções, desde rituais religiosos até demarcações territoriais. Algumas das marcas têm mais de 24 quilômetros de extensão, traçadas com precisão impressionante.
História das Linhas de Nazca
Embora os geoglifos tenham sido revelados ao mundo nos anos 1920, quando um cientista peruano os avistou nas colinas de Nazca, foi apenas na década seguinte que pilotos comerciais confirmaram a extensão monumental dessas obras. Desde então, as linhas têm intrigado cientistas e alimentado teorias, que vão desde pistas de aterrissagem para alienígenas até símbolos astronômicos.
Com as novas descobertas, cresce o interesse em proteger essa herança cultural da degradação causada por atividades humanas e mudanças climáticas. O desafio é equilibrar o turismo, que sustenta as comunidades locais, com a conservação do sítio arqueológico.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: