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    "Depois do ataque ao Líbano, ninguém mais está seguro", diz analista geopolítico turco

    Mohamad Hasan Sweidan afirma que Israel mudou o paradigma das guerras

    Pagers (Foto: Reprodução (Telegram))

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    247 – Em um episódio que alarmou a comunidade internacional, ataques coordenados de Israel no Líbano, marcados pela explosão simultânea de pagers e dispositivos de comunicação, resultaram na morte de ao menos 37 pessoas, incluindo crianças, e deixaram centenas de feridos. Mohamad Hasan Sweidan, analista geopolítico que acompanha de perto o conflito no Oriente Médio, declarou que o mundo está diante de uma nova fase nas estratégias de guerra, onde tecnologias comuns, como pagers e dispositivos eletrônicos, estão sendo transformadas em armas.

    "A partir de agora, ninguém mais está seguro. O ataque ao Líbano não foi apenas uma ofensiva militar comum, mas uma mudança radical no paradigma das guerras. O uso de dispositivos civis para propósitos bélicos coloca qualquer nação e seus cidadãos sob ameaça potencial", afirmou Sweidan em artigo publicado no site The Cradle. Segundo ele, Israel, ao transformar a tecnologia civil em armas de ataque, trouxe à tona um novo tipo de insegurança global, em que qualquer aparelho de comunicação pode se tornar um risco.

    O ataque, ocorrido em dois dias de explosões quase simultâneas, levou à destruição em várias regiões do Líbano, com consequências severas para a população civil. Crianças e adultos que utilizavam dispositivos inocentes, como pagers e walkie-talkies, foram atingidos de forma indiscriminada. Segundo Mohamad Sweidan, "esse tipo de ataque subverte as regras tradicionais de combate. Não há mais campos de batalha delimitados; a guerra agora invade o espaço mais íntimo e seguro das pessoas: suas casas, seus objetos pessoais".

    Especialistas em direito internacional têm debatido se o ataque de Israel ao Líbano pode ser classificado como um crime de guerra, uma vez que viola princípios fundamentais das convenções de Genebra, como a distinção entre combatentes e civis e a proporcionalidade entre o impacto militar e o dano civil. "Seja considerado terrorismo ou crime de guerra, o fato é que Israel conseguiu romper qualquer noção de segurança tecnológica. Qualquer produto tecnológico, de qualquer país, pode ser utilizado como uma arma em conflitos futuros", concluiu Sweidan.

    A comunidade internacional, incluindo a ONU e organizações de direitos humanos, condenou o ataque, enquanto governos ao redor do mundo buscam formas de reforçar a segurança de seus sistemas de comunicação e eletrônicos para evitar que esses equipamentos sejam utilizados como armas em conflitos futuros.

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