"Antes que o fogo acabe com o Pantanal nós vamos acabar com o fogo", diz Lula

247 - Em evento no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (10) para anunciar investimentos direcionados aos catadores de materiais recicláveis, o presidente Lula (PT) afirmou que tem sido cobrado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a viajar ao Pantanal, bioma que tem sido duramente castigado por queimadas. "[Marina] está me provocando todo dia que eu tenho que ir ao Pantanal com ela. Antes que o fogo acabe com o Pantanal nós vamos acabar com o fogo", prometeu o presidente.

Segundo o SBT News, Marina informou que a operação do governo federal conseguiu extinguir 30 dos 54 focos de incêndio registrados no Pantanal até o dia 7 de julho, o que representa 55% do total. De acordo com a ministra, dos 24 pontos de calor ainda existentes, 13 estão sob controle. “Dos 54 incêndios que envolvem vários focos de calor, alguns deles chegam à casa de milhares. Nós conseguimos levar 30 à extinção. O fato de estarem extintos não significa que não devem continuar sendo monitorados. A gente não vai parar de fazer o monitoramento”. Ela ressaltou que, embora os incêndios extintos não representem mais um perigo imediato, o monitoramento contínuo é crucial para prevenir novos incidentes.

Focos de incêndio são áreas onde a temperatura ultrapassa 47º C, indicando a possibilidade de incêndios ou queimadas. Estes pontos são detectados por satélites de monitoramento a altitudes entre 700 e 900 km.

A ministra destacou que a estabilização recente nos números de queimadas é resultado de ações coordenadas pelo governo federal, com a participação do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e das Forças Armadas. Atualmente, 830 profissionais estão envolvidos na operação, utilizando 15 aeronaves, 15 embarcações e três bases de operação. Equipes do governo de Mato Grosso do Sul, estado com maior incidência de queimadas no Pantanal, também estão colaborando.

Fatores climáticos também contribuíram para a melhora no cenário. A queda na temperatura e o aumento da umidade relativa do ar reduziram a criação de novos focos de incêndio e ajudaram a dissipar a fumaça que há mais de três meses afetava Corumbá, no Mato Grosso do Sul.