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    Brasil tem ao menos 10 milhões afetados em mais de 500 cidades em emergência por causa das queimadas

    Diretamente ligada aos incêndios florestais, a seca afeta mais de 1 milhão de pessoas

    Queimadas na Amazônia (Foto: Reuters / Ueslei Marcelino)

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    247 - A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) informou que, desde o começo de agosto, o Brasil teve ao menos 10,1 milhões de pessoas diretamente afetadas pelos efeitos dos incêndios florestais. A CNM divulgou as informações com base em comunicados de prefeituras que decretaram situação de emergência por incêndios florestais nesse período. São 531 prefeituras em todo o país que decretaram emergência por causa das queimadas do início de agosto até a manhã desta sexta-feira (13). O número foi publicado no jornal Folha de S.Paulo.

    O estado com a maior quantidade de municípios afetados é Mato Grosso, no Centro-Oeste. Eram 141 cidades mato-grossenses em emergência até a última quarta (11). Depois ficaram o Tocantins (com 139 municípios em emergência , na região Norte, e o São Paulo (108 municípios), no Sudeste.

    Diretamente ligada aos incêndios florestais, a seca afeta mais de 1 milhão de pessoas. De acordo com a CNM, 154 municípios decretaram emergência causada pela falta de chuva, e com isso ao menos 1,4 milhão de pessoas são afetadas pelos efeitos da estiagem.

    Foram 1.326 decretos de emergência por causa da seca desde o início deste ano. A confederação calcula em R$ 1 bilhão as perdas financeiras causadas pela estiagem desde o início de agosto. Em todo o ano de 2024, esse montante já chega a R$ 41,4 bilhões.

    Governo

    O presidente Lula anunciou esta semana, durante evento em Manaus (AM), a criação de uma Autoridade Climática e de um Comitê Técnico-Científico para apoiar e articular as ações do governo federal de combate à mudança do clima. A declaração foi realizada após o presidente percorrer áreas afetadas pela seca e pelos incêndios no estado do Amazonas.

    Também foi assinado o decreto que regulamenta a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo. A medida define as responsabilidades do Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo e do Centro Integrado Multiagência de Coordenação Operacional Federal (Ciman).

    O comitê será formado por ministérios, pelo Ibama, ICMBio, organizações da sociedade civil, representantes de povos indígenas e comunidades tradicionais, entre outros. O grupo será responsável por atividades consultivas e deliberativas de articulação, propor mecanismos para detecção e controle dos incêndios florestais, análise e acompanhamento das demandas referentes ao combate aos incêndios, entre outras medidas.

    Já o Ciman é responsável por monitorar e articular ações de prevenção, controle e combate aos incêndios florestais. Competências do órgão incluem o monitoramento e a instalação de sala de situação para o acompanhamento das operações.

    Outras medidas anunciadas em Manaus incluem a antecipação do pagamento do Bolsa Família para o dia 17 de setembro, primeiro dia de calendário, para 656 mil famílias do Amazonas. Houve também o anúncio de editais para quatro obras de dragagens de manutenção nos rios Amazonas e Solimões. Em cinco anos, serão investidos R$ 500 milhões para garantir a navegabilidade e o escoamento de insumos (com informações da Casa Civil e da Secom).

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