Jean Paul Prates destaca segurança da exploração de petróleo na Margem Equatorial e defende autorização do Ibama
Ex-presidente da Petrobras afirma que a estatal está pronta para estudar a região: “essa licença é apenas para retirar amostras e dizer: 'tem petróleo'”
247 - Durante entrevista ao Canal Redevida, o ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu a segurança da exploração de petróleo na Margem Equatorial e cobrou agilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na concessão da licença ambiental para perfuração exploratória na região. Segundo Prates, a estatal está preparada para realizar estudos que visam identificar a presença de petróleo ou gás no subsolo, ressaltando que a licença solicitada não autoriza a extração de petróleo, apenas a coleta de amostras.
“Exploração de petróleo significa procurar petróleo, e não retirá-lo de lá. Portanto, a licença desse poço e dos demais que acompanham o processo, quatro ou cinco pontos, o objetivo é detectar ou não a presença de hidrocarbonetos — petróleo ou gás — naquele horizonte geológico. Só isso. Esse poço não pode produzir petróleo. Portanto, essa licença é apenas para fazer uma perfuração para retirar amostras do subsolo e dizer: 'tem petróleo e em tal quantidade' ou 'não tem petróleo'”, explicou Prates.
Ele destacou que, durante sua gestão à frente da Petrobras, todos os requisitos ambientais foram cumpridos, inclusive em diálogo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. “Foram atendidos todos os requisitos, já na minha época, processo que eu conduzia com a ministra Marina, sem absolutamente nenhum estresse, nem com o Ibama nem com a ministra Marina; ao contrário, respeitando o ponto de vista deles”, afirmou. Prates reconheceu as preocupações ambientais, especialmente no que diz respeito à transição energética, mas reforçou que o pedido de licença visa apenas estudos preliminares em uma área considerada promissora.
Jean Paul Prates também explicou as etapas exigidas antes da concessão da licença definitiva. “Antes da licença você vai ter que ter autorização para fazer o simulado da operação de resgate ou acidente. Então esse é o último teste da licença, o chamado APO - Avaliação Pré-Operacional, e aí a Petrobras simula toda uma operação de resgate, de perigo, de fauna - o que ela está totalmente habilitada a fazer, tanto que provou isso quando fez lá na praia de Fortim, no Ceará, para furar os três poços da Margem Equatorial que nós furamos”, relatou.
Segundo Prates, após a aprovação da APO, a licença ambiental é concedida e inicia-se o período para a perfuração exploratória. “Passada essa APO, sai a licença. A partir da licença, você ainda tem um período para furar o poço, 60 ou 90 dias para o primeiro poço. A partir do primeiro, mais dois ou três para delimitar o tamanho do reservatório e aí você para e diz: 'agora vou para a prancheta fazer o plano de desenvolvimento desta descoberta'”, detalhou. Ele destacou que, após esses estudos, há um intervalo de 100 a 180 dias para planejamento, seguido da construção de plataformas e a preparação de toda a infraestrutura necessária para um eventual desenvolvimento da área.
Jean Paul Prates reforçou que a Petrobras possui plena capacidade técnica para conduzir todas as etapas do processo com segurança e responsabilidade ambiental.
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