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Lula promete "ampliar e acelerar" políticas públicas de enfrentamento às mudanças climáticas

Presidente encaminhará MP ao Congresso que cria a Autoridade Climática: “queremos levar a sério, definitivamente a sério, a questão climática”

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita a comunidade em Manaquiri (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira (11), em entrevista à Rádio Norte FM, de Manaus, que o governo federal intensificará suas ações para combater os efeitos das mudanças climáticas. Um dia após visitar comunidades no Amazonas que sofrem com a seca, Lula declarou seu compromisso em ampliar e acelerar políticas públicas voltadas para o enfrentamento dos fenômenos climáticos extremos, como secas e enchentes, que afetam diretamente a população da região.

“Voltei de lá com o compromisso de que cuidar daquele povo também é minha responsabilidade. Aquele povo que muitas vezes é tratado como se fosse invisível, que as pessoas não querem enxergar. Eu fui lá para enxergar mulheres, homens e crianças e dizer a eles: nós vamos cuidar de vocês”, afirmou o presidente.

Lula também destacou a necessidade de ação coordenada entre governo federal, estados e municípios, propondo medidas concretas para enfrentar as mudanças climáticas: "vou encaminhar ao Congresso Nacional uma Medida Provisória criando o Estatuto Jurídico da Emergência Climática. O nosso objetivo é estabelecer as condições para ampliar e acelerar as políticas públicas a partir de um plano nacional de enfrentamento aos riscos climáticos extremos."

"Nosso foco precisa ser a adaptação e preparação para o enfrentamento desses fenômenos. Por isso, vamos estabelecer uma Autoridade Climática e um Comitê Técnico e Científico que dê suporte e articule a implementação das ações do governo federal junto com o governo estadual e as prefeituras", acrescentou.

“Quando agimos de forma irresponsável, estamos destruindo o mundo em que vivemos. A cada ano que passa, as coisas se agravam mais, e nós não podemos permitir que a temperatura do mundo se eleve acima de 1,5 grau, porque ficaria insuportável a vida humana na Terra”, alertou Lula, ao comentar os riscos que o aquecimento global representa para a vida no planeta.

A Amazônia, um dos principais temas da fala do presidente, foi apontada como um elemento central na luta contra as mudanças climáticas. Lula ressaltou a importância de preservar a floresta e buscar formas de promover o desenvolvimento sustentável para as populações locais. Ele defendeu que o Brasil receba apoio financeiro internacional para preservar a Amazônia, garantindo que a população da região possa viver em harmonia com a floresta.

“Temos que fazer os europeus e o mundo desenvolvido entenderem que embaixo de cada copa de árvore mora uma pessoa. Essa gente pode utilizar a preservação da floresta como uma forma de viver, de ganhar dinheiro, de cuidar da sua família”, disse.

O plano nacional de enfrentamento aos riscos climáticos proposto por Lula foca na adaptação e preparação para eventos climáticos extremos. O presidente ressaltou que o país precisa se preparar para enfrentar o aumento da frequência e intensidade desses fenômenos. “Queremos levar a sério, definitivamente a sério, a questão climática. Não é mais uma questão secundária, da universidade, de cientistas. É uma questão de responsabilidade de todos nós”, concluiu.

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