MPF apura vazamento de ácido em rio após colapso de ponte
O rio Tocantins passa por quatro estados
247 - O Ministério Público Federal (MPF) no Pará anunciou a instauração de um inquérito civil, nesta segunda-feira (23), para investigar as consequências socioambientais e de saúde pública, sofridas no estado, após o desabamento parcial da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os municípios de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão. Uma pessoa morreu e 16 ficaram desaparecidas. Um decreto do governo federal destina R$ 100 milhões para a reconstrução da estrutura.
O rio passa por quatro estados - Goiás, Pará, Tocantins e Maranhão. Um dia após o desabamento, a prefeitura de Marabá, no sudeste paraense, divulgou um alerta à população, orientando que “todos os moradores e comunidades situados à margem do rio Tocantins evitem qualquer contato com a água do rio”.
A tragédia resultou neste domingo (22) na queda de veículos no Rio Tocantins, incluindo caminhões carregados com agrotóxicos e ácido sulfúrico (H2SO4), usado no refino de petróleo, na produção de fertilizantes e na produção de papel. Por ser corrosivo, é utilizado na limpeza industrial, para retirar a oxidação e as ferrugens.
Providências
O MPF solicitou, em caráter de urgência à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) de Marabá e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará, informações, ainda que em estudos preliminares, sobre a atual situação da qualidade da água do Rio Tocantins.
O ministério também pediu à Semas, que envie equipes profissionais para realizar estudos técnicos aprofundados sobre a qualidade da água do Rio Tocantins, assim como os possíveis impactos a curto, médio e longo prazo na biodiversidade e na utilização da água pela população.
Ao Instituto Evandro Chagas, ao Museu Emílio Goeldi e à Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), que apresentem a viabilidade da realização dos estudos sobre os impactos causados pelo derramamento de produtos químicos no rio Tocantins.
Riscos
De acordo com o MPF, o derramamento de ácido sulfúrico e agrotóxicos representa graves riscos à saúde das populações que vivem próximas à margem do rio Tocantins, especialmente de comunidades ribeirinhas e tradicionais, que utilizam o rio como fonte de subsistência.
O contato com essas substâncias pode causar reações químicas graves, como queimaduras, intoxicações, danos aos olhos e problemas respiratórios.
Além disso, a contaminação do rio também é uma ameaça ao meio ambiente, gerando riscos severos a todo o ecossistema ligado ao rio Tocantins.
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