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    No Rio Taquari, mais da metade das áreas verdes que serviriam como barreira para cheias foi desmatada ou ocupada, diz estudo

    Menos de um terço dos mais de 6 mil hectares de áreas de preservação permanente às margens do rio está coberto por florestas nativas. Os dados são do movimento Pró-Matas Ciliares

    Rio Taquari (Foto: Reprodução (JN))

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    247 - Pesquisadores do movimento Pró-Matas Ciliares do Vale do Taquari (RS) apontaram que 31% dos mais de 6 mil hectares de áreas de preservação permanente que ficam às margens dos 140 quilômetros (km) do Rio Taquari estão cobertos por florestas nativas. Mais da metade da área é ocupada por agricultura e pastagem, e o restante se divide entre áreas urbanizadas e outras formações. Os estudiosos usaram informações do MapBiomas referente ao ano de 2022, não considerando as perdas de vegetação após as enchentes entre o fim de 2023 e maio de 2024. A informação foi publicada neste sábado (15) no Jornal Nacional.

    De acordo com a pesquisadora Elisete Maria de Freitas, "as espécies que são de floresta bem nativa de mata ciliar, elas são espécies que têm características bem específicas para resistir à força da água". "E essas raízes se entrelaçam e protegem o solo. E, além disso, esses galhos, esses ramos são muito flexíveis. Então, ela resiste bem, ela protege. E ela ajuda com algo que é muito importante, que é reduzir a força da água", afirmou.

    Números divulgados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul apontaram que mais de 470 dos 497 municípios gaúchos tiveram problemas por causa das enchentes no estado. Mais de 600 mil pessoas estão fora de suas casas. Foram registradas 176 mortes desde o dia 29 de abril.

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