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    Secretária de Marina Silva cobra plano para direcionar recursos do petróleo para a transição energética

    Segundo Ana Toni, não há um plano claro sobre o fim da exploração de combustíveis fósseis

    Ana Toni, secretária Nacional de Mudança do Clima do MME (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

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    247 – A economista Ana Toni, secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, levanta preocupações sobre a falta de um plano definido no Brasil para usar os recursos do petróleo na transição energética. Em entrevista à Folha, Toni destaca a ausência de uma estratégia clara, ao contrário do modelo adotado pela Noruega, que direciona fundos do petróleo para esse fim com uma abordagem específica. Ela ressalta a emergência climática e a necessidade de o Brasil avançar no debate sobre o setor de óleo e gás, enquanto o governo mantém a exploração do petróleo em seus planos de longo prazo, apesar das crescentes preocupações ambientais. As observações de Toni foram feitas em um contexto global de discussões sobre mudanças climáticas, com sua participação em eventos como o G20 e a COP30.

    Toni expressa a importância de mais financiamento proveniente de nações ricas para países em desenvolvimento, enfatizando que o Brasil precisa intensificar seu papel no debate climático, especialmente no que diz respeito ao setor de energia. Ela destaca que, embora a COP28 tenha marcado um avanço significativo, a implementação concreta das metas acordadas continua sendo crucial para medir o sucesso desses compromissos internacionais. Além disso, Toni ressalta a urgência de estratégias claras e detalhadas para financiar a transição energética e combater as mudanças climáticas.

    Diante do impasse sobre como direcionar os recursos do petróleo para esse fim no Brasil, Toni destaca a necessidade de debater propostas concretas nesse sentido. Ela alerta que, dado o desafio iminente da crise climática, não há mais espaço para adiar a adoção de medidas efetivas. Toni reitera que o tempo é um fator crucial e que a falta de ação decisiva pode comprometer os esforços para mitigar os impactos das mudanças climáticas. As observações da secretária refletem a complexidade e a urgência dos desafios enfrentados pelo país e pela comunidade internacional em relação ao meio ambiente e à transição energética.

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