‘A extrema direita defende liberdade de expressão, mas quer uma ditadura’: internautas prestam solidariedade a Natuza Nery

247 - Políticos e internautas prestaram solidariedade à jornalista Natuza Nery, que sofreu ameaças do policial civil bolsonarista Arcênio Scribone Junior, no estado de São Paulo. Na rede social X, antiga Twitter, o tema chegou à seção Assuntos do Momento.

“Minha solidariedade à jornalista Natuza Nery”, escreveu a deputada federal Fernanda Melchionna (Psol-RS). “O ataque do policial civil bolsonarista Arcênio Scribone Jr. à jornalista Natuza Nery não pode ficar impune. O agressor abordou Natuza em um supermercado dizendo que ‘pessoas como ela deveriam ser aniquiladas’, além de outras ameaças e ofensas. A extrema direita, que fala em ‘liberdade de expressão’ para defender a ditadura, é a mesma que tenta intimidar a imprensa e ameaça jornalistas. O policial precisa responder por esse crime e ser exonerado o quanto antes. Não passarão.”

De acordo com o jornalista Joaquim de Carvalho, repórter especial e documentarista do 247, a “agressão a Natuza Nery merece nosso repúdio, e a jornalista, nossa solidariedade irrestrita”. “Mas é preciso dizer que bolsonaristas radicais como aquele policial civil atacam rotineiramente quem não concorda com eles. São pessoas de comportamento incompatível com a democracia. Seus líderes, que estimulam atitudes como estas, precisam ser punidos, sobretudo o líder maior.”

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, afirmou que o "ataque sofrido por Natuza Nery, em razão do simples exercício diário de seu ofício, exige pronta resposta do poder público, em especial dos órgãos de persecução penal".

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), também se pronunciou: “A ameaça do policial civil de São Paulo à jornalista Natuza Nery tem todo o nosso repúdio. Além de expor, mais uma vez, o alinhamento do governador Tarcísio e sua polícia à violência política bolsonarista, mostra que não pode haver impunidade para os crimes da extrema direita. Sem anistia, sem mais ataques.”