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    ABI: inquérito policial contra Breno Altman é tentativa de silenciamento

    Associação Brasileira de Imprensa afirma que a Conib 'faz o jogo' do genocídio perpetrado pelo regime sionista contra o povo palestino

    Breno Altman e o conflito Israel-Palestina (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | REUTERS/Mohammed Salem)

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    247 - A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) emitiu neste sábado (30) uma nota em que critica a investigação da Polícia Federal (PF) contra o jornalista judeu Breno Altman por suposto antissemitismo, classificando a ação como um assédio a uma voz crítica do genocídio contra o povo palestino perpetrado pelo regime sionista. 

    A entidade afirma que a entidade sionista Confederação Israelita do Brasil (Conib), que fez a reclamação contra Altman, rotula de forma "conveniente" as críticas de Altman ao sionismo como "antissemitismo". A Conib acaba por defender o genocídio do povo palestino, segundo a ABI. 

    "Essa investigação soa como evidente assédio a um jornalista crítico. Uma tentativa de calá-lo com ameaça de um processo criminal, o que é inconcebível no estado democrático de direito", diz a nota da ABI, que também insta as autoridades a trancarem o inquérito. 

    "Uma tentativa de calá-lo com ameaça de um processo criminal, o que é inconcebível no estado democrático de direito"

    A PF passou a investigar Altman com base em falsas suspeitas de antissemitismo em razão das duras declarações do jornalista condenando o sionismo e os crimes cometidos pelo regime de Benjamin Netanyahu, de Israel, contra o povo palestino. Leia a íntegra da nota da ABI: 

    INQUÉRITO CONTRA BRENO ALTMAN É INTIMIDAÇÃO!

    A Associação Brasileira de Imprensa, por sua Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos, manifesta publicamente sua surpresa com a informação de que o Ministério Público Federal determinou à Delegacia de Direitos Humanos e Defesa Institucional da Polícia Federal, da Superintendência Regional do DPF em São Paulo, a abertura de Inquérito Policial para investigar o jornalista Breno Altman, editor do site Opera Mundi. 

    Pelas informações veiculadas na manhã deste sábado no site Brasil 247, o inquérito é resultado de reclamação descabida da Confederação Israelita do Brasil, que de forma enviesada e conveniente rotula as críticas de Altman ao sionismo como antissemitismo.

    A ABI lembra que a Constituição de 1988 garante a todo e qualquer cidadão a liberdade de expressão. Da mesma forma, respaldado nesse princípio constitucional, o Supremo Tribunal Federal tem garantido por inúmeras decisões a liberdade de imprensa, assegurando a todos os jornalistas o direito à crítica. 

    Confundir as posições antissionistas de Altman – cidadão judeu – com crime de antissemitismo é fazer o jogo dos que defendem o genocídio que o governo de Israel comete na Palestina, ao provocar milhares de assassinatos, inclusive de inocentes crianças. 

    Para a ABI essa investigação soa como evidente assédio a um jornalista crítico. Uma tentativa de calá-lo com ameaça de um processo criminal, o que é inconcebível no estado democrático de direito, que todos nós jornalistas sempre nos empenhamos em defender, notadamente nos últimos anos.

    Nesse sentido, entende que o próprio MPF ou a Justiça Federal, respeitando o estado democrático de direito e a Constituição Cidadã, devem providenciar o trancamento desse inquérito.

    Certos de que a democracia que saiu vitoriosa no 8 de janeiro de 2023 prevalecerá e será respeitada, a ABI aguarda providências dos responsáveis por tal situação para dar um fim à campanha intimidatória que Altman vem sofrendo.

    Aproveitamos o ensejo para desejar a todos um próspero 2024, no qual a democracia, a liberdade de expressão e de imprensa prevaleçam.

    Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2023 

    COMISSÃO DE DEFESA DA LIBERDADE DE IMPRENSA E DOS DIREITOS HUMANOS DA ABI

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