Após sua morte, internautas resgatam artigo de Danuza Leão criticando "porteiro" viajando para o exterior
Danuza escreveu em 2012 que ir a Paris ou Nova York havia perdido a graça porque já não era algo exclusivo – uma vez que até o porteiro do prédio pode realizar esses desejos
Por Laís Gouveia, 247 - Após Danuza Leão morrer nesta quarta-feira, aos 88 anos, vítima de insuficiência cardíaca, internautas resgataram um episódio polêmico envolvendo a ex-modelo e colunista.
O ano era 2012 e o Brasil passava por um momento de ascensão social com as políticas econômicas promovidas pelos governos de Lula e Dilma.
Neste contexto, faixas sociais historicamente excluídas no Brasil começaram a criar hábitos antes exclusivos aos mais abastados, como frequentar universidades públicas e viajar de avião.
Tal movimentação econômica aparentemente não agradou Danuza, que em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo mostrou-se incomodada com o fato.
Danuza dizia que ir a Paris ou Nova York havia perdido a graça porque já não era algo exclusivo – uma vez que até o porteiro do prédio pode realizar esses desejos.
“As viagens, por exemplo: já se foi o tempo em que ir a Paris era só para alguns; hoje, ninguém quer ouvir o relato da subida do Nilo, do passeio de balão pelo deserto ou ver as fotos da viagem –e se for o vídeo, pior ainda– de quem foi às muralhas da China. Ir a Nova York ver os musicais da Broadway já teve sua graça, mas, por R$ 50 mensais, o porteiro do prédio também pode ir, então qual a graça? Enfrentar 12 horas de avião para chegar a Paris, entrar nas perfumarias que dão 40% de desconto, com vendedoras falando português e onde você só encontra brasileiros –não é melhor ficar por aqui mesmo?”, disse Danuza, que se desculpou na sequência após a repercussão negativa.
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