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    Aroeira: perseguição a cartunistas é um baita tiro no pé

    A repercussão da charge de Renato Aroeira prossegue forte nos veículos de imprensa brasileiros e internacionais. Ao portal Uol, o cartunista disse: "do ponto de vista político, é um baita tiro no pé (...) na verdade, deu uma visibilidade à minha charge que eu não poderia imaginar que ela teria"

    Renato Aroeira (Foto: Ederson Casartelli/247)

    247 - O cartunista Renato Aroeira ganhou destaque em vários veículos tradicionais de comunicação nesta terça-feira, 16 de junho. Destacou-se, de maneira geral, a imensa rede de solidariedade que foi gerada em torno do cartunista. 

    Ao portal Uol, Aroeira contou como soube do possível enquadramento na Lei de Segurança Nacional: “vi uma corrente de solidariedade no Facebook. Perguntei: que diacho aconteceu? Vi o Twitter da Secom, que estou chamando de Secen, Secretaria de Censura, que é basicamente o que eles fazem. Aí comecei a ver os desdobramentos no Brasil 247 e Jornalistas pela Democracia, que começaram a comentar. Veio uma onda de solidariedade absurdamente gigante, fiquei muito emocionado com isso. Mas, claro, tenso.”

    O cartunista ainda explicou suas outras charges que aludiram ao nazismo, e que não motivaram perseguição: “fiz uma charge com Bolsonaro ainda candidato, também usando a cruz nazista, e ele me processou alegando grande tristeza, infelicidade e angústia moral por ter sido ofendido e caluniado. A juíza na sentença disse que um cara que tira fotos com alguém fantasiado de Hitler e não se sente constrangido, não vai se sentir constrangido com aquela charge. Achei mortal essa sentença. Espero que ela seja reproduzida. Já existe até uma certa jurisprudência formada.”

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