Confirmada a demissão de Villa na Jovem Pan
Depois das férias compulsórias impostas pela empresa, o apresentador Marco Antonio Villa confirmou nesta segunda-feira (24) que deixa a Joven Pan; "Eu decidi que não queria mais voltar para a Pan. Senti que não havia mais clima depois de me darem uma quase punição", disse
247 - Depois da Jovem Pan negar a demissão do apresentador Marco Antonio Villa, afirmando que ele apenas estava tirando férias, o próprio Villa anunciou a sua saída da rádio depois de ser suspenso por 30 dias pela direção da emissora, em maio, em deccorência de críticas do apresentador ao governo Jair Bolsonaro.
Ao ser suspenso, rumores davam conta de que Bolsonaro havia pedido a cabeça de Villa. A emissora desmentiu, dizendo que o apresentador havia tirado férias. Poucas horas depois, ele postou um vídeo em seu canal em que rechaçou as informações prestadas pela direção da emissora, deixando claro que foi afastado compulsóriamente.
Agora, Villa diz que houve acordo para a rescisão do contrato estabelecido pelas duas partes. "Eu decidi que não queria mais voltar para a Pan. Não tinha mais nem condições de voltar a trabalhar lá. Senti que não havia mais clima depois de me darem uma quase punição", disse ele ao UOL, por telefone.
O estopim da saída de Villa foi uma declaração no Jornal da Manhã, em que afirmava que "atos neonazistas [aconteceriam] no dia 26", em referência à manifestação convocada em apoio a Bolsonaro.
Villa não escondeu a frustração em ter que deixar a rádio "dessa forma". "Fiquei entristecido com a minha saída, gostava muito de trabalhar lá, mas infelizmente acabou dessa forma, que não era a melhor forma que eu queria que terminasse essa relação. Eu fiz de tudo para ter uma saída elegante, não queria sair batendo a porta", disse.
"O poder nunca gostou de críticas", disse ele sobre as críticas ao governo. Ele reafirmou que não sabe dizer se foi Bolsonaro quem pediu o seu afastamento. "Seria leviandade da minha parte dizer que ele teve um dedo nessa história. Não posso dizer que 'sim', nem que 'não'. Seria uma irresponsabilidade", avalia.
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