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    E o 'transatlântico' de Lula é apenas uma canoa de lata

    O mérito da reportagem da Folha deste sábado, sobre o "barco" de Lula, foi descobrir que o ex-presidente Lula, acusado nas redes sociais de possuir uma das maiores fortunas do planeta, possui uma "canoa de lata"; "Arranjem para o Lula ou algum de seus filhos uma 'maracutaia' que preste, algo grande, como aquilo que enriqueceu a filha de José Serra", apontou o escritor Luiz Fernando Emediato; "O que o barquinho mixuruca prova a não ser a absoluta modéstia do sujeito que, quatro anos atrás, escandalizava essa gente carregando um isopor para a praia?", disse Fernando Brito, editor do Tijolaço

    O mérito da reportagem da Folha deste sábado, sobre o "barco" de Lula, foi descobrir que o ex-presidente Lula, acusado nas redes sociais de possuir uma das maiores fortunas do planeta, possui uma "canoa de lata"; "Arranjem para o Lula ou algum de seus filhos uma 'maracutaia' que preste, algo grande, como aquilo que enriqueceu a filha de José Serra", apontou o escritor Luiz Fernando Emediato; "O que o barquinho mixuruca prova a não ser a absoluta modéstia do sujeito que, quatro anos atrás, escandalizava essa gente carregando um isopor para a praia?", disse Fernando Brito, editor do Tijolaço (Foto: Leonardo Attuch)

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    247 – A nova denúncia da Folha contra o ex-presidente Lula, a de que sua esposa Marisa Letícia comprou uma canoa de R$ 4,1 mil para o sítio visitado pela família (leia aqui), virou piada na internet – e despertou também uma onda de indignação.

    Eis o que escreveu o escritor Luiz Fernando Emediato, dono da Geração Editorial:

    DONA MARISA LULA E A CANOA DE LATA

    Vamos lá: minha irmã tem uma casa na praia. Nunca tive vontade - nem dinheiro - para ter uma casa na praia. Vou lá de vez em quando. Um engenheiro e construtor amigo da família fez a administração da obra lá e não cobrou (é fato). O resto minha irmã pagou e declarou no IR. Como sempre. Se eu tivesse comprado uma canoa de lata (é este o "barco" de dona Marisa Lula da Silva) e mandado entregar lá, eu - que sou uma figura pública - poderia ser acusado de alguma coisa? Tenham dó! Arranjem para o Lula ou algum de seus filhos uma "maracutaia" que preste, algo grande, como aquilo que enriqueceu a filha de José Serra (nada contra ele, fique claro, nunca se provou nada contra Serra). Ao contrário do que alguns imaginam, não sou petista nem tenho intimidade com Lula. Mas acho um absurdo, querem matá-lo para não ser candidato em 2018.

    Leia, ainda, o comentário de Marcelo Costa dos Santos:

    Agora que a lagoa do sitio dos meus pais está cheia novamente (ficou vazia por culpa da Dilma, diga-se, que não fez chover lá no cerradinho), vou fazer uma triangulação financeira ilegal e louca com empreiteiras para comprar um transatlântico, igual esse aí do Lula. Só tenho medo da Folha de S.Paulo descobrir, o MPF do Paraná fazer uma denúncia e o Moro me prender. Afinal, comprar um barco de lata de 5 mil reais me torna um safado, bandido e sem vergonha. Como o sítio não é meu, isso vai provar minha ligação com o sítio dos meus pais e, provavelmente, eles também vão se complicar por isso. Ah, azar. Só os conheço há 40 anos. O Moro terá razão de desconfiar dessa minha relação com eles.

    E também o artigo de Fernando Brito, editor do Tijolaço:

    O “iate” do Lula e o jornalismo “sem noção”

    iate

    Folha hoje se supera.

    Apresenta como “prova” da ligação de Lula com o sítio que ele nunca negou frequentar, em Atibaia, um barco comprado por D. Mariza, sua mulher e mandado entregar lá.

    A “embarcação”, como se vê no próprio jornal,  é um bote de lata comprado por R$ 4.100.

    Presta para navegar num laguinho, com a mulher, dois amigos e o isopor, se ninguém fizer muita gracinha de se pigar em pé, fazendo graça.

    É o “iate do Lula”, quase igual ao Lady Laura do Roberto Carlos e só um pouco mais modesto do que as dúzias de lanchas que você vê em qualquer destes iate clubes que existem em qualquer cidade praiana.

    A pergunta, obvia, é: e daí que o Lula frequente o sítio? E daí que sua mulher tenha comprado um bote, sequer a motor, para pescar umas tilápias, agora que já não pedem, como nos velhos tempos, fazer isso na represa Billings?

    Qual é a prova de que a reforma do sítio foi paga pela Odebrechet (segundo a Folha) ou pela OAS (segundo a Veja)?

    E se o Lula frequentasse a mansão de um banqueiro? E se vivesse nos iates – os de verdade – da elite rica do país?

    O que o barquinho mixuruca prova a não ser a absoluta modéstia do sujeito que, quatro anos atrás, escandalizava essa gente carregando um isopor para a praia?

    Os jornais, a meganhagem e a turma do judiciário – que já não se separam nisso – estão dedicados a destruir o “perigo lulista”.

    Esqueçam o barquinho: o que eles querem é ter de novo o leme do transatlântico.

    Perderam até a noção do ridículo, convencidos de que já não há resistência a ele nas mentes lavadas do país.

    E acabam revelando que, em suas mentes,  o grande pecado  de Lula, que ganha em  palestras pagas o suficiente para comprar uma “porquera” daquelas por minuto que passe falando, ou para alugar uma cobertura na Côte D’Azur do Guarujá  é continuar pensando como pobre:  querendo comprar apartamento em pombal e barquinho de lata para ficar de caniço, dando banho em minhoca.

    É que ter nascido pobre é um crime que até se perdoa, imperdoável mesmo é continuar se identificando com eles.

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