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    "É uma grande vitória da extrema-direita e Trump não vai parar a máquina de guerra", diz Pedro Paiva

    Correspondente da TV 247 prevê turbulências na América Latina

    Pedro Paiva, correspondente da TV 247 em Nova York (Foto: Reprodução Youtube)

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    Washington – Em meio às projeções que indicam vitória de Donald Trump sobre Kamala Harris na eleição presidencial de 2024, analistas já começam a avaliar o impacto de seu retorno ao poder. Pedro Paiva, correspondente da TV 247, alerta para as consequências desse resultado para a América Latina, onde prevê um fortalecimento de grupos de extrema-direita e um aumento das tensões geopolíticas.

    Durante uma superlive na TV 247, Paiva destacou que “o próximo governo Trump agirá em prol de seus aliados locais”, fazendo referência direta ao bolsonarismo e a lideranças que compartilham ideais ultraconservadores. Segundo ele, a América Latina será um foco de interesse estratégico do novo governo republicano, com destaque para o México, país que já foi alvo de declarações polêmicas do próprio Trump. "Trump já falou até em invadir o território mexicano", comentou Paiva, enfatizando que a retórica beligerante do candidato republicano não deve diminuir com seu retorno ao poder.

    Paiva também apontou que o fortalecimento de lideranças como Javier Milei, na Argentina, é uma consequência direta desse cenário político, afirmando que a vitória de Trump representa uma “grande vitória da extrema-direita” em escala global. Segundo o correspondente, essa ascensão das forças de direita é parte de uma estratégia mais ampla que envolve o apoio a aliados locais em toda a América Latina, alimentando uma “máquina de guerra” dos Estados Unidos que, conforme alertou, “não vai parar com Trump, muito pelo contrário”.

    Em sua análise, Paiva foi enfático ao dizer que a máquina de guerra norte-americana possui uma independência que transcende a figura do presidente, “controlando o país e seus líderes”. Ele argumenta que, mesmo com a retórica populista e nacionalista de Trump, a estrutura de poder nos EUA favorece o expansionismo militar e econômico, com consequências diretas para países latino-americanos que resistam às diretrizes de Washington. Ele também previu a continuidade da guerra na Ucrânia e do genocídio na Palestina.

    O impacto dessa mudança na Casa Branca, caso a vitória de Trump se confirme, também traz preocupações para as relações internacionais. Com a Edison Research projetando uma liderança de Trump em estados decisivos como Pensilvânia, Carolina do Norte e Geórgia, muitos analistas e jornalistas já discutem a provável retomada de uma agenda de confronto e apoio a governos alinhados à extrema-direita na América Latina, prevendo uma fase de instabilidade para o continente.

    Kamala Harris ainda não se pronunciou oficialmente sobre o desenrolar das apurações, mas seu co-chair de campanha, Cedric Richmond, declarou que "ainda temos votos a serem contados", sugerindo que a contagem continua em áreas-chave. Se confirmado, o retorno de Trump à Casa Branca deverá dar início a um novo capítulo de políticas exteriores agressivas, com desdobramentos na América Latina que, segundo Pedro Paiva, “não deverão ser ignorados por quem defende a paz e a soberania no continente.”

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